NANOPARTÍCULAS POLIMÉRICAS BIODEGRADÁVEIS DE POLI (ÁCIDO LÁCTICO-CO-GLICÓLICO) FUNCIONALIZADAS PARA INCORPORAÇÃO DE PEÇONHA DE Bothrops jararaca
Bothrops jararaca, imunoadjuvantes, nanopartículas de poli (ácido láctico-co-glicólico), nanobiotecnologia
Envenenamento por serpentes representa um problema saúde pública mundial. Diversas instituições rotineiramente produzem formulações de antiveneno contra serpentes. Algumas plataformas tecnológicas são estudadas para a liberação modificada de proteínas recombinantes ou nativas, encapsuladas, capazes de induzir a produção de anticorpos. A nanotecnologia é associada à melhoria do soro do antiveneno, uma vez que as nanopartículas carregadas com veneno, modulam a liberação de proteína e ativam sistema imune para produzir anticorpos específicos. As nanopartículas poliméricas são dispersões coloidais com tamanho de partícula geralmente inferiores a 300 nm que são utilizados como sistemas de administração de fármaco e macromoléculas bioativas. O objetivo deste estudo foi obter e caracterizar nanopartículas catiônicas biocompatíveis para o carregamento de proteínas aniônicas. As nanopartículas de poli (ácido láctico-co-glicólico) (PLGA) foram produzidas e funcionalizadas com polietilenimina hiper-ramificada (PEI) usando a técnica de nanoprecipitação. Os parâmetros físico-químicos avaliados por dispersão de luz dinâmica, medidas de potencial zeta e microscopia de força atômica foram monitorados para estabelecer uma formulação adequada. O tipo (poloxâmero 407) e a concentração de surfactante (0,5% p/v) foram alcançados para uma formulação homogênea e estável. Foram obtidas partículas de tamanho reduzido (100-200 nm), esféricas e com eficiência de associação de proteína de aproximadamente 100%. A eficiência de associação da proteína e os resultados do potencial zeta demonstraram que a peçonha de Bothrops jararaca foi adsorvido na superfície da partícula, que permaneceu como uma dispersão coloidal estável durante 6 semanas. Sendo assim, as nanopartículas catiônicas como veículo para moléculas bioativas foram desenvolvidas com sucesso e demonstraram-se como um imunoadjuvantes promissor e um novo nanocarreador para a liberação de proteína ou ácidos nucleicos.