CARACTERIZAÇÃO HEMATOLÓGICA E IMUNOFENOTÍPICA EM 192 PACIENTES COM LEUCEMIA LINFÓIDE AGUDA.
1.Leucemia. 2. Imunofenotipagem . 3. Leucemia Linfóide Aguda. 4. Citometria de Fluxo
A Leucemia Linfóide Aguda (LLA) é uma doença de caráter maligno do sistema imune que se origina a partir da proliferação neoplásica de uma única célula linfocitária progenitora que sofre alteração no seu processo de crescimento e reprodução resultando na formação de um clone neoplásico (teoria monoclonal). As células deste clone vão se expandindo ao nível dos diversos
órgãos linfóides e da medula óssea, atingindo a corrente sanguínea, podendo assim atingir vários órgãos ou tecidos. Atualmente as LLAs são classificadas pelo aspecto morfológico associado às características do perfil imunológico das células malignas. O grupo French-American-British (FAB) classificou as LLAs em três subtipos distintos baseados somente em critérios morfológicos de
medula óssea e de sangue periférico em L1, L2 e L3. Métodos de imunofenotipagens por citometria de fluxo tornaram possível a detecção de populações de células específicas obtidas de suspensões celulares através do uso dos anticorpos monoclonais. A proposta deste estudo foi diagnosticar e classificar 192 pacientes com LLA com base na imunofenotipagem por
citometria de fluxo com um painel de AcMo específico para leucemias agudas. Foram realizadas análises e correlações entre os dados demográficos, clínicos, laboratoriais e imunofenotípicos desses pacientes. A expressão de antígenos linfóides como o CD3 e CD19, para as LLAs T e B, respectivamente, associados na maioria dos casos ao CD34 caracterizou imunofenotipicamente a presença de precursores linfóides muito imaturos. A expressão dos
marcadores linfóides B mais comuns nos pacientes com LLA foram os CD19 e sCD22, e dos marcadores linfóides T foram os CD7 e cCD3. Foi notificada a expressão de fenótipos aberrantes quando observamos a expressão dos marcadores linfóides T mais comuns nos pacientes com LLA B como o sCD3, e também quando observamos a expressão dos marcadores linfóides B mais comuns nos pacientes com LLA T como os CD19 e o cCD79a. Concluímos que
a imunofenotipagem por citometria de fluxo é uma metodologia necessária para o diagnóstico e a classificação das leucemias agudas.