Proteômica diferencial da Chromobacterium violaceum em resposta à luz ultravioleta.
Chromobacterium violaceum, proteomica, UVC, estresse oxidativo.
Chromobacterium violaceum é um bacilo de vida-livre, Gram-negativo comumente encontrado no solo e nas águas de regiões tropicais e subtropicais. Uma das principais características deste organismo é sua capacidade de produzir o pigmento violaceína, o qual apresenta inúmeras atividades biológicas, dentre estas, uma possível atividade protetora contra a radiação visível. Em 2003, o genoma deste organismo foi completamente seqüenciado e mostrou que, cerca de, 40% das ORFs foram anotadas como hipotéticas e/ou hipotéticas conservadas. Estas ORFs ainda não caracterizadas suscitam a possibilidade da existência de novos genes de interesse biotecnológico. Nosso trabalho é o primeiro a estudar a aclimatação da C. violaceum ao estresse gerado pela radiação UVC. Para isto, culturas de C. violacem foram expostas a 116 J/m2 de radiação UVC e recuperadas por 30min. A comparação do perfil protéico, analisado por eletroforese 2-D, do controle versus tratado possibilitou a identificação de 52 proteínas que surgiram após a indução do estresse. Destas, 13 são hipotéticas e/ou hipotéticas conservadas. Várias proteínas caracterizadas estão envolvidas com a resposta ao estresse oxidativo. Nossos resultados sugerem que a resposta tardia da C. violaceum a radiação UVC ocorre frente a um estresse oxidativo gerado indiretamente, muito provavelmente, por radicais superoxido e que a violaceína pode estar envolvida na proteção ao superoxido formado.