Derivado de Oxazinoquinoxalina e Sistemas Coloidais à Base de Óleo de Coco Aplicados como Inibidores de Corrosão em aço AISI 1018 em Meio Salino
Derivado Oxazinoquinoxalina; óleo de coco saponificado; nano- e microemulsão; aço carbono; resistência à polarização linear; inibição à corrosão.
A corrosão é um dos principais problemas que acomete o setor industrial e o aço carbono constitui o material de maior aplicação industrial, com destaque para o processamento de petróleo. As maiores fontes de petróleo estão localizadas em mares e oceanos, e a corrosão de metal ocorre pela ação de ambiente salino. Alguns derivados de quinoxalina são relatados na literatura como sendo agentes eficazes na inibição à corrosão. No presente trabalho avaliou-se a capacidade inibidora de um derivado oxazinoquinoxalina, N-(2-hidroxietil)-2,3-diidro-[1,4]-oxazinoquinoxalina (OAQX), objetivando proteção à corrosão do aço carbono AISI 1018, em meio salino (3,5% NaCl). Os estudos de Resistência à Polarização Linear (RPL) mostraram eficiências de inibição variando entre 55% a 89% em baixas concentrações (6 ppm a 100 ppm) a amostra avaliada (OAQX). Para determinação dos parâmetros de adsorção, foram obtidas isotermas de Langmuir, Temkin e Frumkin. O derivado de quinoxalina, o oxazinoquinoxalina, consistiu no primeiro composto desta classe, avaliado como um inibidor de corrosão, o qual difere de outros compostos heterocíclicos orgânicos aplicado como anticorrosivo, devido sua solubilização em meios aquosos neutros, que favorece os estudos de suas interações com o metal-ligante. Em função do agravamento da degradação ambiental mundial, foram adotadas novas práticas no controle de impactos ambientais que consistem no desenvolvimento de tecnologias limpas. Nesta perspectiva, foram avaliados sistemas coloidais à base de óleo de coco (OC) como inibidores de corrosão em aço carbono AISI 1018, em meio salino (NaCl). Os sistemas nano- e microemulsionados de OC, foram avaliados pelo método de Resistência a Polarização Linear (LPR), com eficiências máximas na faixa 70% a 84%. Objetivando minimizar a degradação ambiental, um dos sistemas (denominado OC6, 84% de inibição) foi utilizado como carreador do inibidor OAQX, resultando em um produto mais eficaz, com eficiência máxima acima de 90%, que consiste em um novo produto resultante do desenvolvimento de tecnologias limpas.