Banca de DEFESA: RENCIO BENTO FLORENCIO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : RENCIO BENTO FLORENCIO
DATA : 27/07/2018
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório do Departamento de Fisioterapia - UFRN
TÍTULO:

Estudo dos volumes da parede torácica na doença respiratória restritiva e análise de instrumentos para reexpansão pulmonar em sujeitos saudáveis.


PALAVRAS-CHAVES:

Pletismografia optoeletrônica; volumes pulmonares; padrão ventilatório; assincronia toracoabdominal; reexpansão pulmonar; acidente vascular cerebral; doença de Parkinson.


PÁGINAS: 142
RESUMO:

Introdução: O sistema respiratório é composto por várias estruturas do ponto de vista morfofuncional, porém a parede torácica e os pulmões exercem grande influência sob o processo de ventilação pulmonar. Adicionalmente, tal processo depende do controle neurológico pelo sistema nervoso central (SNC), responsável pelo controle e geração do ritmo respiratório graças a diversos grupos neuronais. Após a geração do ritmo respiratório a ventilação pulmonar é iniciada pela contração ativa dos músculos inspiratórios, capaz de gerar uma diferença de pressão entre o meio externo e interno da caixa torácica (CT). Quaisquer que sejam as situações que limitem a mobilidade da CT ou que afetem diretamente os músculos respiratórios, pode comprometer a eficiência do padrão ventilatório e dos volumes pulmonares, como é o caso de algumas doenças neurológicas que evoluem com padrão ventilatório restritivo e dependem de terapias complementares para a reexpansão pulmonar. Objetivos: 1) Avaliar e comparar a cinemática da parede torácica e seus compartimentos durante respiração espontânea em sujeitos com doença restritiva versus indivíduos saudáveis; 2) Avaliar e comparar a cinemática da parede torácica de sujeitos saudáveis submetidos à utilização de três diferentes dispositivos para reexpansão pulmonar. Metodologia: 1) Setenta e seis indivíduos foram avaliados (29 saudáveis; 27 com doença de Parkinson – DP; e 20 após acidente vascular cerebral – AVC), por meio da função pulmonar (espirometria), força da musculatura respiratória (manovacuometria). Posteriormente, os sujeitos foram colocados em posição sentada para avaliação da variação dos volumes da parede torácica e seus compartimentos e assincronia toracoabdominal por meio da pletismografia optoeletrônica (POE) durante 3 minutos em respiração tranquila. Os sujeitos também foram separados em grupos de acordo com o tempo de diagnóstico para avaliação da variação dos volumes e assincronia. 2) Doze indivíduos saudáveis, de ambos os gêneros, com função pulmonar e força da musculatura respiratória normais, foram avaliados por meio da POE, para avaliação da variação dos volumes da parede torácica e seus compartimentos durante o uso de três diferentes recursos para promover reexpansão pulmonar: espirometria de incentivo orientada a volume (EI-v), pressão expiratória positiva (PEP) e a combinação das duas técnicas citadas anteriormente (EI-vp). As avaliações foram distribuídas em três dias distintos, sendo um dia para cada recurso e no primeiro dia já realizadas as provas de espirometria e manovacuometria. Os sujeitos foram randomizados (“randomization.com”) quanto a ordem de execução dos recursos e avaliação na POE, que ocorreu em 3 etapas consecutivas: 2 minutos de respiração tranquila (ou “quiet breathing – QB”), 2 minutos de protocolo do recurso randomizado e 2 minutos de respiração tranquila em recuperação (“recovery”). O alvo da respiração naEI-v foi definido como 80% da capacidade inspiratória previamente avaliada na espirometria.A respiração com o recurso PEP adotou um padrão ventilatório livre, porém foi estabelecida carga de 10 cmH2O para todos os sujeitos. Resultados: 1) O volume do compartimento caixa torácica pulmonar (VCTp) foi significativamente menor nos sujeitos com doença restritiva em comparação aos saudáveis (p<0,05). Sujeitos pós-AVC com movimento paradoxal apresentaram menores volumes para a parede torácica e seus compartimentos, quando comparados aos saudáveis (p < 0,05), enquanto que os indivíduos do grupo DP com movimento paradoxal apresentaram menores valores apenas para VCTp (p < 0,05); 2) Durante o uso da EI-vp foi observada uma maior variação de volume na parede torácica (VPT) e seus compartimentos quando comparada a IS-v (p<0,05) e apenas para VPT e caixa torácica pulmonar (VCTp) quando comparada a PEP (p<0,05). O dispositivo IS-vp foi capaz de gerar uma menor assincronia entre os compartimentos CTp versus AB (p<0,05) e CTp versus caixa torácica abdominal (CTa) quando comparado ao IS-v (p<0,05). Conclusão: 1) Sujeitos pós-AVC e com doença de Parkinson apresentam prejuízo no padrão ventilatório, com redução dos volumes da parede torácica e presença de assincronia toracoabdominal, mesmo na ausência de prejuízo importante da função pulmonar. Ademais, metade dos indivíduos pós-AVC e com DP apresentaram movimento paradoxal. 2) A utilização combinada da EI-v com PEP foi capaz de aumentar os volumes da parede torácica e seus compartimentos, bem como melhorar o sincronismo entre os compartimentos, surgindo como uma ferramenta importante no tratamento de doentes com padrão ventilatório restritivo.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1545315 - GUILHERME AUGUSTO DE FREITAS FREGONEZI
Externo ao Programa - 2419223 - GERSON FONSECA DE SOUZA
Externo ao Programa - 5566309 - VANESSA REGIANE RESQUETI FREGONEZI
Externo à Instituição - ANTONIO JOSÉ SARMENTO DA NÓBREGA - UFRN
Externo à Instituição - JOCELINE CASSIA FEREZINI DE SA - UFRN
Notícia cadastrada em: 21/07/2018 16:07
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - (84) 3342 2210 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa03-producao.info.ufrn.br.sigaa03-producao