CONSERVAÇÃO DE GERMOPLASMA DE CUTIA (DASYPROCTA AZARAE) VISANDO SUA EXPLORAÇÃO SUSTENTÁVEL NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO
Dasyprocta leporina, eletroejaculação, espermatozóide epididimário, criopreservação de espermatozóide
A criopreservação de sêmen é uma importante ferramenta para a conservação e difusão de germoplasma. Para tanto, um protocolo de eletroejaculação adequado é fundamental, para obtenção de espermatozoides viáveis tendo em vista vários fatores interferirem em seu sucesso. Álem disso, apesar dos resultados promissores da criopreservação de espermatozoides epididimários, desconhece-se se seria possível adaptar protocolos de criopreservação de tais espermatozoides para os obtidos por eltroejaculação, principalmente pela inexistência de um protocolo de criopreservação ideal, denotando seu constante aperfeiçoamento. Dessa forma, o objetivo geral da tese é estabelecer protocolos para obtenção e conservação de espermatozoides de cutias (Dasyprocta leporina) criadas em cativeiros no semi-árido brasileiro, visando sua exploração sustentável. A tese foi dividida em três experimentos. No primeiro, foi estudada a influência da interação entre dois tipos de sonda (ondas senoidais e quadráticas) e dois protocolos de estimulação (contínuo e seriado) sobre a eficiência de colheita de sêmen de cutias por eletroejaculação. Assim, a interação mais eficiente na obtenção de ejaculados com espermatozóides foi a que utilizou eletrodos em aneis associado com estímulos em série (4/7; 57%). No segundo, foi realizada a comparação da ação crioprotetora de diferentes substâncias (glicerol, etilenoglicol, dimetilsulfóxido, dimetilformamida) na criopreservação de espermatozóides epididimários. Relativo a isso, os maiores valores de motilidade, vigor e integridade de membrana, foram obtidos nas amostras criopreservadas com glicerol quando comparada as amostras contendo etilenoglicol e dimetilformamida, entretanto, sem diferença (P > 0,05) quando comparada as criopreservadas com dimetilsulfoxido. Por ultimo, foi estudado o efeito dos métodos de obtenção de espermatozoides (eletroejaculação x colheita epididimária) na criopreservação. Assim, não foram observadas diferenças após criopreservação entre os métodos de obtenção de espermatozóides (P≥0,05), denotando a possibilidade de adaptar com sucesso o protocolo de criopreservação de espermatozoides epididimarios para ejaculados de cutias.