SOBREVIDA E FATORES ASSOCIADOS AO PROGNÓSTICO DO CARCINOMA EPIDERMÓIDE DE BOCA E OROFARÍNGEO
Carcinoma epidermóide; boca; orofaringe; prognóstico.
Nos últimos anos, o câncer vem em uma progressiva ascensão, crescendo 20% na última década e destacando-se dentre as doenças crônico-degenerativas. O carcinoma epidermóide (CE) de boca (CEB) e orofaríngeo (CEOf) são os mais frequentes, com mais de 90% de apresentação, representando 6% de todos os carcinomas. No Rio Grande do Norte, a avaliação epidemiológica e de sobrevida dessa patologia ainda é escassa, sendo essa neoplasia um problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Diante desse fato, este estudo tem o propósito de descrever e analisar a sobrevida dessa patologia destacando os principais fatores associados ao seu prognóstico. Para isso foi realizado um estudo prognóstico retrospectivo em bancos de dados e prontuários, onde foram selecionados todos os casos com diagnóstico de CEB e CEOf da Liga Norte Riograndense Contra o Câncer, dos últimos 10 anos. Para Sobrevida Livre da Doença (SLD) do CEB destacaram-se como fatores de prognóstico sombrio os estágios III e IV, a indicação de tratamento hormonal, localização retromolar e não ter companheiro conjugal. Essas características se repetiram na Sobrevida Global (SG) para CEB acrescentando o fato da menor escolaridade aumentar o risco de morte. Na SG para CEOf o estágio IV, localização na língua 1/3 posterior e a não realização do tratamento ou a realização de apenas um tratamento foram os principais fatores prognósticos negativos. Na SLD para CEOf, acrescentou-se ainda o consumo de tabaco. A sobrevida do CE ainda é baixa mesmo com os avanços no tratamento, decrescente a medida que aumenta a dificuldade do diagnostico (Lábio>Oral>Orofaringe). Avaliações histopatológicas estão em andamento.