Análise da imunoexpressão da triptase em mastócitos e mensuração da densidade linfática (D2-40) em carcinoma epidermóide de língua.
Carcinoma epidermóide oral. Linfangiogênese. Mastócitos.
Imuno-histoquímica
O carcinoma epidermóide corresponde a mais de 90% das neoplasias malignas da cavidade oral, representando um importante problema de saúde pública. Considerando os diferentes sítios intraorais, o carcinoma epidermóide de língua (CEL) destaca-se por apresentar um curso clínico agressivo, com alto potencial de invasão e tendência a metástases. Sabe-se que os vasos linfáticos neoformados funcionam como vias de disseminação das células neoplásicas, contribuindo para o desenvolvimento de metástases linfonodais. Nesse contexto, o fenômeno de linfangiogênese tem sido estudado em diversas neoplasias malignas através de imuno-histoquímica, com o uso de anticorpos como o D2-40, reconhecido como um marcador útil na identificação das células endoteliais linfáticas. Dentre as células que compõem o microambiente tumoral, destacam-se os mastócitos, que desempenham um papel biológico controverso na progressão das neoplasias. Apesar de contribuírem na imunidade aos tumores, as referidas células também participam dos processos de degradação da matriz extracelular, angiogênese e linfangiogênese, assim exercendo efeitos pró-tumorais. Dentre as técnicas de identificação dos mastócitos em cortes histológicos, a imunomarcação para a triptase é considerada a metodologia de maior confiabilidade. Diante do exposto, o presente estudo propõe analisar a densidade microvascular linfática (D2-40) e a imunoexpressão da triptase nos mastócitos, em uma série de casos de CEL (n = 60), visando esclarecer a relação entre o perfil imuno-histoquímico e os parâmetros clinicopatológicos do tumor (estadiamento clínico TNM, gradação histológica de malignidade e presença ou não de metástases regionais). Adicionalmente, pretende-se analisar a influência dos mastócitos na linfangiogênese.