SABERES E PRÁTICAS TRADICIONAIS NA ESCOLA INDÍGENA JENIPAPO-KANINDÉ EM CONTEXTO(S): IDENTIDADE, MEMÓRIA E FRONTEIRAS
Educação Indígena; Escola Diferenciada; Identidades; Cultura; Ceará.
A presente pesquisa busca compreender de que forma se dão os saberes e práticas tradicionais na Escola indígena Jenipapo-Kanindé, em diversos contextos, localizada na Terra Indígena (TI) Lagoa Encantada, no município de Aquiraz-Ceará. Para isto, reconstruo, brevemente, o processo de reorganização étnico-cultural, de emergência dos “grupos indígenas” no estado e entre a etnia Jenipapo-Kanindé, trazendo algumas reflexões à luz de Frederick Barth sobre identidades, grupos étnicos e suas fronteiras, para então adentrar em discussões sobre as Escolas Indígenas como espaços de fronteiras, entre os saberes indígenas e não-indígenas. Buscando contribuir com o debate na área da educação e antropologia. Além disso, o recorte temporal foi o período de 2018 a 2021, inicialmente com algumas entrevistas para a construção do projeto de pesquisa, visitas pontuais de campo à aldeia Jenipapo-Kanindé e, posteriormente, acompanhamento de campo e mapeamento através das redes sociais, entrevistas, questionário online. Fazendo um movimento do estadual ao local, articulando com o contexto nacional, colocando em cena o caráter político e estratégico da Educação Escolar Indígena, como um meio de reafirmação étnico-cultural desses grupos.