sono; ensino de ciências; indicador de saúde pública; tela azul.

A partir do século XXI, especialmente com a popularização dos smartphones, os professores se depararam com mais um desafio a ser contornado em sala de aula: estudantes sonolentos, que pode acarretar a diminuição da concentração, o aumento da irritabilidade, a irregularidade hormonal e dificuldade no processo de ensino-aprendizagem. Diante desta realidade, e compreendendo a importância do ciclo sono-vigília para a manutenção da saúde e para a qualidade de vida, o presente trabalho traz como proposta a análise da higiene do sono de estudantes, através de uma sequência didática abordando o ritmo biológico, em específico o ciclo sono-vigília. Esta pesquisa, de caráter qualitativo, teve como sujeitos estudantes do 7o ano de uma escola municipal de Nova Cruz-RN, tendo em vista que o desenvolvimento da habilidade sobre o indicador de saúde pública está presente neste ano escolar. Os resultados obtidos através de questionários e diário de sono foram analisados por meio da Análise de Conteúdo de Bardin. A sequencia didática desenvolvida com base nos três momentos pedagógicos, validada e aplicada deu origem ao nosso Produto Educacional, a ser utilizado enquanto material de apoio ao professor da Educação Básica. Os resultados mostram que, em geral, os estudantes fazem utilização excessiva de telas de luz azul no período noturno e, consequentemente, acabam dormindo mais tarde embora necessitem acordar cedo para irem à escola. Ainda, foi identificado que embora grande parte dos estudantes conheçam pelo menos alguns hábitos saudáveis para um boa noite de sono, parecem não os aplicar na sua rotina diária e não entenderem a importância do sono para a manutenção da qualidade de vida. Ao longo das aulas, e a partir das atividades propostas como aulas expositivo-dialogadas com posterior debate, apresentação e discussão de vídeos, elaboração e apresentação de seminário para a comunidade escolar, dentre outras atividades práticas, pudemos observar grande motivação e participação dos estudantes. Desse modo, embora compreendamos que mudanças de hábitos requerem tempo e persistência, podemos inferir que nossos objetivos de analisar a higiene do sono dos estudantes, contraponto questões que pudessem leva-los a reflexões, parecem ter sido alcançados em alguma medida. Ainda, destacamos a necessidade de inserir essa temática durante a organização do planejamento dos professores, visto que na maioria das vezes ela não é abordada nos livros didáticos.