Discalculia: História, Memória, (Trans)Form(Ação)
Discalculia. Ensino de Matemática. Inclusão.
A Discalculia é uma deficiência específica na aprendizagem aritmética que ocorre em indivíduos sem, necessariamente, distúrbios neurológicos, psiquiátricos, sensoriais e emocionais. Percebem-se no cotidiano escolar inúmeras dificuldades dos alunos relacionadas à capacidade de resolver problemas matemáticos e a certas habilidades com cálculos. Teriam eles Discalculia? Como contribuir para os processos de identificação, diagnóstico, intervenção e inclusão de estudantes com Discalculia nos espaços escolares e fora dele? Esta pesquisa tem como objetivo geral narrar uma história de ensino e aprendizagem de um estudante discalcúlico de uma escola da cidade de Assú/RN. Entende-se que no centro de uma investigação historiográfica com tais narrativas, reflexões acerca de estudantes discalcúlicos sejam necessárias, os tornando não invisíveis aos olhos do sistema educacional, em especial do professor de Matemática, que poderá ter ações assertivas para esses estudantes nas aulas desta disciplina. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, destacando interpretações, valores e as experiências humanas. Neste diapasão, atrela-se a pesquisa bibliográfica e a documental. Como instrumento, recorreu-se a entrevistas para reconstituir e narrar como se dá o ensino e a aprendizagem de Matemática de um aluno que possui Discalculia e o que demanda tal diagnóstico daqueles que estão ao seu redor. Na voz dos atores, àqueles que vivenciam a Discalculia – pais, estudantes, professores, psicopedagogos – descreveu-se a (trans)form(ação) de suas práticas, diante da realidade pessoal vivida. Em vista disso, por estarmos em um mestrado profissional, apresentamos um Produto Educacional – um vídeo - que traz, por meio da Literatura de Cordel, a existência de discalcúlicos nas escolas, destacando a importância desse diagnóstico, de seus familiares e dos membros da escola. Por fim, mesmo que parcialmente, concluímos que, com a narrativa, conseguimos perceber contribuições para o entendimento sobre os processos de identificação, diagnóstico, intervenção e inclusão de alunos no contexto escolar, pois, com base nas falas dos entrevistados, refletimos à importância de acompanhar o aluno desde as primeiras atividades escolares, a fim de que essas possam levar a um diagnóstico preciso com profissionais que atuam neste cenário. Além disso, a escola se permitirá ser como mola propulsora, juntamente com a família, para que haja as intervenções pedagógicas na construção de conhecimento do discalcúlico. Nisto, tem-se a inclusão. Esta, por sua vez, é um eixo preponderante capaz de tornar o estudante discalcúlico imerso nos espaços escolares e sociais.