A alfabetização científica é um processo que transcende espaços institucionalizados, ocorrendo ao longo da vida das pessoas e é compreendido como um direito de todos e todas os/as cidadãos/cidadãs. No campo da educação em ciências, pesquisadores/as e educadores/as têm concebido o conceito de alfabetização científica a partir de vieses distintos. Apontamos ainda que afloram diferentes habilidades e níveis de alfabetização científica, sendo necessário estabelecer indicadores adequados a cada realidade sociocultural. Nesse contexto, consideramos que os espaços não formais podem contribuir na promoção da alfabetização científica da população, o que implica em pensar em ações educativas propicias a estes espaços e, consequentemente, na criação de um novo olho olhar sobre tempos, exposições, formas de interagir, materiais, linguagem, de modo a fomentar a aproximação entre as culturas estudantil e científica. Com essa finalidade, nesta dissertação, propomo-nos a investigar como a construção de narrativas criativas como as storytelling, envolvendo os objetos em exposição do Museu Câmara Cascudo pode aproximar os estudantes das séries finais do Ensino Fundamental II de uma cultura científica crítica calcada em inter-relações Ciência, Tecnologia e Sociedade. Apoiando-nos nos Três Momentos Pedagógicos, adotaremos uma abordagem temática sobre fósseis para o ensino de conteúdos da disciplina Ciências sobre a evolução da vida na Terra. Fundamentará essa proposta uma pesquisa qualitativa, utilizando como instrumentos de coleta de dados levantamento bibliográfico, o storytelling, escrito e narrado (gravação e transcrição e áudios), além de questionários que serão aplicados ao longo dos momentos pedagógicos. A análise do discurso norteará o exame dos dados e narrativas. Esse trabalho de pesquisa baseará a elaboração um Caderno de Orientações destinado aos/às professores/as da educação básica como produto educacional. A nossa proposta é apresentar as orientações sobre a utilização do storytelling como ferramenta de mediação e alfabetização científica, em especial no âmbito do Museu Câmara Cascudo, com indicadores de alfabetização para a educação em ciências em espaços não formais.