PERFIL IMUNO-HISTOQUÍMICO DE MARCADORES ASSOCIADOS A TRANSIÇÃO EPITELIAL-MESENQUIMAL EM LESÕES ODONTOGÊNICAS BENIGNAS
Cistos Odontogênicos; Tumores Odontogênicos; Imuno-histoquímica; Transição Epitelial-Mesenquimal
Aes lesões odontogênicas, representadas pelos cistos e tumores odontogênicos, apresentam uma alta porcentagem entre as lesões que acometem a cavidade oral, e algumas exibem comportamento clínico-biológico mais agressivo, sendo localmente invasivas e exibindo altas taxas de recorrência. Invasividade e recorrência são alguns dos mecanismos associados à transição epitelial-mesenquimal (TEM), processo este no qual as células epiteliais ganham propriedades fenotípicas características das células mesenquimais, incluindo maior motilidade e capacidade de invasão. Com isso, através da regulação por fatores centrais de transcrição associados à TEM, como Snail/Slug, Twist e Zeb, evidencia-se uma expressão reduzida de proteínas epiteliais associada a uma superexpressão de proteínas mesenquimais. Dessa forma, o presente trabalho tem como objetivo analisar a expressão imuno-histoquímica de proteínas, envolvidas no processo de TEM (Zeb1, E-caderina, N-caderina e vimentina) e correlacioná-las com aspectos clínicos e patológicos envolvidos em espécimes de cistos e tumores odontogênicos. A amostra objeto deste estudo será representada por 90 casos de lesões de origem odontogênica, consistindo em 30 casos de ameloblastoma, 30 de ceratocisto odontogênico e 30 de cisto dentígero. Será realizada a coleta das informações clínicas como idade, sexo, localização, tamanho da lesão e ocorrência de recidivas. Todos os espécimes submetidos ao processamento imuno-histoquímico serão avaliados através de lâminas escaneadas (Aperio CS2 Digital Pathology Scanner-Leica Biosystems), com escolha aleatória de 5 (cinco) campos, os quais serão fotografados em um aumento de 200x (CaseViewer). A expressão de cada marcador, a partir da sua análise em seu compartimento celular específico, será avaliada através da multiplicação dos escores relacionados à intensidade da coloração (0= negativo, 1=fraco, 2= moderado e 3= forte) pelos escores associados à porcentagem de células imunomarcadas (1 = 1-25%; 2 = 26-50%; 3 = 51-75%; e 4 = ≥76% de células positivas). A partir dos achados observados neste trabalho, pretende-se melhor compreender a patogênese das lesões avaliadas e estabelecer uma possível relação entre a TEM e o comportamnto biológico das mesmas.