Associação entre eficiência e segurança da deglutição e pressão máxima isometrica de língua nos diferentes estágios da doença de parkinson
Deglutição; Transtornos de Deglutição; Avaliação; Doença de Parkinson; Doenças Neurodegenerativas.
A Doença de Parkinson (DP) é caracterizada pela morte de neurônios pigmentados da substância negra localizada no mesencéfalo e associada a corpos de Lewy, que afeta o sistema nervoso central, periférico e autônomo, causando déficits motores e não motores. A disfagia orofaríngea é um dos comprometimentos mais prevalente na DP e os sinais e sintomas podem aparecer em qualquer estágio evolutivo, comprometendo a eficiência e segurança da deglutição. A língua desempenha função essencial no processo de deglutição e a alteração de sua pressão pode trazer prejuízos na preparação do bolo na fase oral e dificuldade na transferência do bolo para a faringe, na qual pode causar aspiração e penetração em indivíduos saudáveis com aumento dos riscos no Parkinson. Objetivo: Avaliar se a eficiência e segurança da deglutição está associada a pressão máxima de língua reduzida e seus fatores relacionados nos diferentes estágios da doença de Parkinson. Método: Trata-se de um estudo observacional, transversal, descritivo. A amostra foi composta por indivíduos com DP idiopática e parkinsonismo secundário com e sem queixas na deglutição. Os dados foram coletados no ambulatório de Disfagia para Parkinson do Hospital Universitário Onofre Lopes, onde foram realizadas a avaliação fonoaudiológica composta por aplicação de protocolos para verificar a presença de sinais e sintomas de alterações na deglutição, mastigação e voz autorreferidos, avaliação da pressão máxima isométrica de língua e teste de deglutição com consistências alimentares. A análise dos dados abrangerá a estatística descritiva e inferencial por meio dos teste do qui-quadrado ou exato de Fisher, a depender dos valores esperados das variáveis relacionadas e dos testes de correlação teste t de Student e de Pearson, além da ANOVA para os fatores associados, em nível de significância de 0,05. Resultados: No artigo 1 pressupõe analisar qual estágio evolutivo da DP pode estar associado ao surgimento do quadro disfágico e quais são fatores mais frequentes na DP que podem estar relacionados, tais como: gravidade da condição clínica, polifarmácia, grau de disfagia, performance funcional, comorbidades e integridade cognitiva, em que será possível ordenar os fatores que podem impactar mais na disfagia. O artigo 2 pretende avaliar as associações da eficiência e segurança da deglutição com a pressão máxima de língua, na proposta de estabelecer relações dos parâmetros de pico com o grau de disfagia orofaríngea e poder identificar se há diferenças entre os pacientes com DP de início precoce e tardio. A hipótese do artigo 1 é de que as a disfagia orofaríngea pode estar relacionada com os fatores de: polifarmácia, grau de disfagia, performance funcional, comorbidades e integridade cognitiva, em que se vai ordenar os fatores que mais impactam no paciente com DP. A hipótese do artigo 2 é que a avaliação da máxima pressão isométrica de língua e o desempenho da deglutição possibilitará identificar os parâmetros pressóricos de língua que mais frequentemente comprometem a eficiência e segurança da deglutição em pacientes com DP de início precoce e tardio.