Qualidade de vida em disfagia e performance funcional de pacientes oncológicos.
transtornos de deglutição; qualidade de vida; cuidados paliativos; oncologia;
neoplasias; estado funcional.
Objetivo: Correlacionar a performance funcional e impacto da disfagia na qualidade de vida de pacientes oncológicos. Método: Artigo 1) Estudo transversal e analítico que teve o objetivo de correlacionar a performance funcional e impacto da disfagia na qualidade de vida de pacientes oncológicos em cuidados paliativos. Artigo 2) Estudo transversal e analítico que teve o objetivo de comparar o impacto da disfagia na qualidade de vida e a performance funcional de pacientes oncológicos com diferentes localizações tumorais. Para a análise dos dados dos dois artigos, foram empregados métodos descritivos para as variáveis categóricas, enquanto para as quantitativas foram calculadas medidas de tendência central, média e desvio padrão. Para a correlação entre os escores dos instrumentos testes, no primeiro artigo em que as variáveis apresentaram normalidade foi utilizado o teste de Pearson, no segundo artigo devido a não normalidade das variáveis aplicou-se a correlação de Spearman e para comparação das médias dos grupos Mann-Whitney, em nível de significância de 5%. Resultados do primeiro artigo: participaram 39 pacientes sendo 29 do ambulatório e 10 da enfermaria. Foi identificada correlação positiva e moderada entre o resultado do Questionário de Disfagia M. D. Anderson (MDADI) e nível de funcionalidade pela Palliative Performance Scale (PPS) nos pacientes ambulatoriais. Conclui-se que pacientes oncológicos do ambulatório de cuidados paliativos apresentaram correlação entre performance funcional e o impacto da disfagia na qualidade de vida. Resultados do segundo artigo: participaram quatro pacientes com câncer de cabeça e pescoço (CCP) e oito com câncer não localizado em cabeça e pescoço em cabeça e pescoço (CNCP). Foi encontrada diferença estatisticamente significativa entre os dois grupos para o MDADI e o domínio global e físico, enquanto para a escala PPS não foi encontrada diferença entre os grupos. Conclui-se que houve uma percepção diferenciada da disfagia em cada grupo e que neste estudo, o fator determinante para a gravidade da percepção da disfagia foi a localização do tumor, e não a funcionalidade.