TESTE DE DÍGITOS NO RUÍDO NO PORTUGUÊS BRASILEIRO: análise da influência de fatores demográficos e socioeconômicos e da acurácia em função do tipo dos estímulos.
Audição, perda auditiva, smartphone, testes auditivos
Objetivo: Verificar acurácia do teste de dígitos no ruído (TDR) diótico e antifásico em português Brasileiro em quatro critérios de análise do teste padrão-ouro e a influência de variáveis demográficas e socioeconômicas. Metodologia: Foram delineados dois estudos: Estudo 1 de acurácia com normo-ouvintes e sujeitos com deficiência auditiva aplicando o TDR com estímulos diótico e antifásico, via smartphone com fones intra-auriculares. Foram estabelecidas curva ROC para definição do ponto de corte, medidas de sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e negativo para TDR diótico e antifásico considerando quatro critérios de análise da audiometria tonal liminar (melhor e pior orelha ≤ 25 e 40 dB). O estudo 2 foi transversal e prospectivo com sujeitos normoouvintes. Foi aplicado o TDR diótico e analisadas as influências de sexo, idade, nível socioeconômico e escolaridade. Resultados: No estudo 1 foram 102 sujeitos (18 a 90 anos), 15,68% normoouvintes, 69,60% com perda auditiva sensorioneural e 14,70% mista. A maior medida de sensibilidade (96,51%) foi encontrada no estímulo antifásico para critério de média de pior orelha (≤ 25dB) com ponte de corte de -11,90 dB no TDR. Houve correlação positiva entre TDR diótico e antifásico e grau da deficiência auditiva. No estudo 2, 151 sujeitos normoouvintes demonstraram influência da idade, escolaridade e nível socioeconômico no TDR, não havendo influência do sexo. Conclusão: Os valores de sensibilidade e especificidade nas condições diótica e antifásica apresentaram-se acima de 75% entre os critérios analisados. Idade, escolaridade e nível socioeconômico influenciam na resposta do TDR diótico.