ESTUDO DA VIABILIDADE TÉCNICA DO USO DAS ARGILAS DA REGIÃO DO AGRESTE POTIGUAR PARA PRODUÇÃO DE PEÇAS CERÂMICAS: CARACTERIZAÇÃO E FORMULAÇÃO
Cerâmica Vermelha. Rio Grande do Norte. Formulações.
Nas últimas décadas os produtos cerâmicos se tornaram indispensáveis para o desenvolvimento tecnológico da humanidade, ocupando posições importantes na produção científica e consequentemente na produção industrial. Uma das áreas da economia que continua absorvendo grandes quantidades dos produtos desse setor é a Construção Civil. Entre os ramos do setor ceramista, destacam-se as indústrias de cerâmica vermelha que é tradicionalmente a base desse segmento econômico. Entre os motivos pelo quais as indústrias de cerâmicas vermelhas se popularizaram no país e especificamente no Rio Grande do Norte é a abundância de matéria prima, encontrada com facilidade por todo território nacional. Entretanto, constata-se que a indústria de cerâmica vermelha possui deficiências em tecnologia e mão de obra qualificada, resultando na produção de peças cerâmicas com baixo valor agregado. Entre os fatores que determinam a qualidade dos produtos da cerâmica vermelha, tem-se a formulação adequada da massa cerâmica, a conformação e a temperatura de queima. Sendo assim, o objetivo geral desse trabalho é estudar a viabilidade técnica da utilização de duas argilas provenientes da região do Agreste Potiguar para a indústria ceramista. Para tanto, as matérias primas foram caracterizadas através das análises de difratometria de Raios-X (DRX), análise de fluorescência de Raios-X (FRX), análise granulométrica (AG), microscopia eletrônica de varredura (MEV), microscopia óptica (MO), índice de plasticidade (IP) análise termogravimétrica (ATg) e análise térmica diferencial (DTA). As propriedades tecnológicas do material foram analisadas pelos ensaios de absorção de água (AA%), porosidade aparente (PA%), retração linear (RT%), massa específica aparente (MEA), perda ao fogo (PF%) e resistência a flexão em três pontos (TRF).