EFEITO DA ADIÇÃO DE RESÍDUOS DE CAULIM E QUARTZITO EM MASSAS CERÂMICAS PARA REVESTIMENTO
Quartzito Rosa; Revestimentos; Resíduos; Cerâmica; Caulim.
A proposta deste trabalho é estudar a adição de resíduos de caulim e quartzito rosa, provenientes, respectivamente, das microrregiões do Seridó Potiguar e Borborema Paraibana, em formulações cerâmicas para a fabricação de revestimento. Foram preparadas massas cerâmicas, num total de oito formulações, com 10, 17, 20, 27, 30, 37, 40 e 47% de resíduo de caulim e 6% de resíduo de quartzito rosa. As matérias primas utilizadas foram caracterizadas quanto à composição química através de DRX, FRX e comportamento térmico (TG, DTG, Dilatometria); além da análise do tamanho de partículas, e, no caso da argila, do Índice de Plasticidade. Os corpos de prova foram compactados em prensa hidráulica com pressão de 21 MPa, secos em estufa a 100oC e sinterizados a 1200ºC, 1250ºC e 1300°C, sob um ciclo térmico de queima rápida. A caracterização dos corpos de prova foi realizada através dos ensaios tecnológicos de absorção de água (AA%), retração linear (RL%), porosidade aparente (PA%), perda ao fogo (PF%), Módulo de Resistência à Flexão (MRF), Microscopia Óptica (MO) e Eletrônica de Varredura (MEV). De acordo com as normas NBR 13818 e 13817, os resultados dos ensaios de absorção de água (AA) e resistência à flexão (MRF) apontam que as massas cerâmicas produzidas com a adição dos resíduos minerais apresentam variadas aplicações. Em relação à absorção de água (AA), na temperatura de 1200°C, os corpos de prova produzidos apresentam características semelhantes às dos revestimentos do tipo semiporoso, semigrés e grés. Na temperatura de 1250°C, as amostras apresentaram propriedades tecnológicas similares aos semigrés, grés e porcelanatos; enquanto na de 1300°C, porcelanatos e grés. A resistência à flexão (MRF), por outro lado, mostrou que os corpos de prova produzidos com as massas cerâmicas têm semelhanças com os revestimentos do tipo semigrés, semiporoso e poroso.