EFEITO DA ADIÇÃO DE RESÍDUOS DE QUARTZITOS NA PRODUÇÃO DE GRÉS PORCELANATO
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Nos estados da Paraíba e Rio Grande do Norte, no Brasil, as jazidas mais expressivas na produção de minerais industriais não metálicos são dos pegmatitos, quartzitos e granitos que estão localizadas na região do Seridó. Os municípios de Várzea - PB, Ouro Branco – RN e Parelhas – RN são os principais responsáveis pela extração de argila, quartzo, micas e feldspato. As empresas de mineração que atuam na extração e beneficiamento dos quartzitos geram grandes volumes de resíduos constituindo cerca de 90 % SiO2 na sua composição química proveniente do quartzo, que é um dos constituintes básicos para as formulações das massas cerâmicas para a produção de revestimento cerâmicos. Além disso, pode-se restringir aos produtos resultantes da fusão de óxidos ou seus derivados e misturas, tendo geralmente como constituinte principal a sílica. Deste modo, o presente trabalho tem como objetivo a utilização desses resíduos na fabricação de produtos cerâmicos de alta qualidade como o grés porcelanato em escala industrial. Assim, este trabalho avalia o efeito da adição de resíduos de quartzito na produção do grés porcelanato. Para isso, foi feita a caracterização das matérias-primas por FRX, DRX, AG, ATG e DSC, utilizando cinco formulações contento 57 % de feldspato, 37 % de argila e 6 % de resíduos de quartzitos com colorações diferentes (branco, dourado, rosa, verde e preto) que foram sinterizadas em três temperaturas: 1150 °C, 1200 °C e 1250 °C com isoterma de 1 hora e taxa de aquecimento de 10° C/min. Após a sinterização, os corpos-de-prova foram submetidos a ensaios de caracterização física como: absorção de água, retração linear, porosidade aparente, massa específica aparente, resistência à flexão em três pontos, além do MEV. Os resultados obtidos apresentaram a possibilidade da utilização do resíduo de quartzito em um percentual de 6% de adição na massa cerâmica. A utilização de resíduos de quartzito em massa cerâmica proporcionou um produto final com propriedades tecnológicas que atendem às normas técnicas para a produção de grés porcelanato, sendo a temperatura de 1200 °C que apresentou melhores resultados. De acordo com os resultados obtidos verificou-se um alto teor de óxido de ferro no quartzito preto, sendo descartada a utilização do mesmo em grés porcelanato por questão estética e estrutural, pois o material fundiu a 1250 °C. Todas as formulações dos quartzitos obtiveram baixa absorção de água quando sinterizados a 1200 °C, obtendo AA entre 0,1% a 0,36 % sem terem passado pelo o processo de atomização. Nos ensaios de resistência à flexão todos os quartzitos encontram-se nos limites de aceitação, segunda a norma europeia EN 100, superando 27 MPa na sinterização a 1200 °C. Com isso, o uso de resíduo de quartzito em massas cerâmicas se apresenta como excelente potencial para a produção de grés porcelanato.
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