OBTENÇÃO E AVALIAÇÃO DE MICRO E NANOPARTÍCULAS DE MATERIAL CARBONOSO, POR PIRÓLISE DA BIOFIBRA PROTEICA DE PENAS DE FRANGOS
Penas de frango, Queratina, Pirólise, Material carbonoso, nanopartículas.
As penas das aves possuem aproximadamente 90% de queratina, preferíveis para diversas aplicações. Entre elas, como reforço em materiais compósitos e a obtenção de material carbonoso, desejavelmente os grafitosos e seus variantes (nanolâmina de grafenos e os nanotubos de carbono). No presente estudo, utilizou-se das técnicas de TG/DTG, MEV, EDS, FTIR, DRX, picnometria e regain, para analisar amostras dessas biofibras, proteicas, em sua forma natural (Fibra de queratina, inteiras – KF e as suas barbas - KFB) e modificadas (tratadas com Hidróxido de sódio- KFNaOH; semicarbonizadas, que originou fibras mais claras - SCFC e mais escuras – SCFD, e carbonizadas por pirólise - CF e CFB). A partir das análises das cinco primeiras amostras, a KF e KFB foram pirolisadas a 220°C (24h) e a 450°C (1h), originando as duas últimas. Em seguida, foram examinadas entre elas e quanto às alterações ocorridas após carbonizações. A CF e CFB preservaram a estrutura de seus precursores, KF e KFB, respectivamente, com a presença de microporos e microtubos abertos (melhor visualizados pela CF; o que reflete a sua baixa densidade, 0,4 g/cm3; e pelos resultados de TG/DTG, uma melhor estabilidade térmica, em comparação com todas as outras amostras) e fechados (melhor visualizados pela CFB; o que reflete menor regain, 0,7%, e possivelmente maior resistência mecânica). Essa última apresentou-se em forma de lâminas e preservação de alguns ganchos. As estruturas químicas das amostras possuem grupos de amidas e enxofre em suas composições. Porém, principalmente na CF e CFB, a quantidade de enxofre foi bastante reduzida. Todas as amostras apresentaram estruturas semicristalinas e a CFB apresentou nanopartículas de menor dimensão, em torno de 25 nm, entre as suas micropartículas.