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Dissertações |
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JOSÉ ANDERSON DOS SANTOS BEZERRA
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ANTICOLONIALISMO E ANTIRRACISMO EM MARX
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Orientador : MARIA CRISTINA LONGO CARDOSO DIAS
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MEMBROS DA BANCA :
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ERICO ANDRADE MARQUES DE OLIVEIRA
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LUIZ PHILIPE ROLLA DE CAUX
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MARIA CRISTINA LONGO CARDOSO DIAS
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Data: 25/03/2022
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O trabalho aqui apresentado tem por objetivo analisar os textos e os conceitos desenvolvidos por Karl Marx sobre o vínculo entre o modo de produção capitalista, o colonialismo e o racismo moderno. Sustenta-se no desenvolvimento do trabalho que Marx não foi um pensador alheio a estas questões, nem mesmo as tratou com descuido, pois, em sua análise geral do capitalismo, tanto o colonialismo quanto o racismo aparecem como elementos centrais que serviram ao processo de acumulação e expansão do capital. Argumenta-se que a dialética materialista marxiana, por ser o método de análise e exposição do autor, deve ser também o sedimento da leitura apropriada de sua obra. Esta perspectiva está atrelada a duas noções: a dialética marxiana é, enquanto Teoria que conduz a uma prática, o método que desnuda as opressões ocasionadas pelo capitalismo como também fornece a melhor compreensão sobre o sujeito capital, historicamente posto, e sobre a humanidade pressuposta, pressuposição esta fundamental para se pensar uma sociedade humana livre de opressões. Sustenta-se no decorrer do trabalho como Marx identificou, em sua principal obra, O capital, o colonialismo como parte essencial do processo de acumulação primitiva, sem o qual o capital não teria se desenvolvido e nem mesmo se expandido. O colonialismo já era identificado por Marx como violência e, por essa razão, já se apresentava uma postura anticolonialista em O capital. A partir de um diálogo aberto entre Marx e Silvia Federici, também se tratará a acumulação primitiva, processo sustentado pelo colonialismo, como um processo que reproduziu opressões, entre elas, a opressão racial. Aqui se destacará que o vínculo entre capitalismo, colonialismo e racismo moderno, destacado no século XX por Césaire e Fanon, também já aparecia na obra de Marx. O pensador alemão, embora não tenha desenvolvido uma teoria geral do racismo, já identificava que o capital se apropriara desta opressão, a partir do fenômeno da reificação, para prosseguir o seu processo de acumulação. Conclui-se que, no momento histórico de domínio do capital, a luta anticolonialista e antirracista é também a luta anticapitalista.
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DIEGO VINICIUS BRITO DOS SANTOS
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Nietzsche e a superação da moral
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Orientador : EDRISI DE ARAUJO FERNANDES
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MEMBROS DA BANCA :
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EDRISI DE ARAUJO FERNANDES
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LINDOALDO VIEIRA CAMPOS JÚNIOR
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PABLO MORENO PAIVA CAPISTRANO
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Data: 30/03/2022
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A presente pesquisa evidencia o diagnóstico fisiopsicológico de Nietzsche sobre o homem
moderno. Até o século XIX, poucos pensadores ousaram entender o mal-estar moderno que se
tornou fenomênico no curso de nossa história. Nietzsche é um dos primeiros pensadores a
suspeitar dos rebentos da modernidade, por isso ousou diagnosticar, compreender e até mesmo
propor resistência e tratamento aos males de ordem psicológica e fisiológica que o Estado, a
filosofia ocidental, a moralidade, o cristianismo e as promessas modernas impuseram de forma
coercitiva à vida e ao modo de viver do homem. À luz do pensamento nietzschiano, somos
levados à compreensão de que o contexto gregário adoentou o ser humano, dado que tal
contexto impetrou um nocivo melhoramento para atalhar a manifestação de impulsos
animalescos do homem dentro da esfera social. Quando os homens foram impelidos a não mais
expressar seus impulsos em um contexto de rebanho, tais impulsos retroagiram ao interior do
homem e, nesse interior, esses impulsos começaram a corroer o próprio homem de dentro para
fora. Os sintomas que dessa interiorização nasceram são: ressentimento, sofrimento, fraqueza,
impotência, fadiga, irritabilidade e outros. Dentre esses sintomas, empenhamos-nos em mostrar
como, principalmente, o ressentimento banalizou-se ou tornou-se comum em nossas sociedades
modernas. Porém, para chegarmos a esta constatação, examinaremos primeiro os três fatores
que propiciaram a interiorização do homem, a saber: memória, castigo e medo. Ao analisar
esses três fatores, traremos luz ao diagnóstico fisiopsicológico de Nietzsche sobre o estado
enfermo ou niilista do homem, além de propor um tratamento viável a tal estado.
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MANOELA FERREIRA LIMA
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PORTAS DA PERCEPÇÃO: Uma leitura filosófica da poesia romântica de William Blake
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Orientador : EDRISI DE ARAUJO FERNANDES
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MEMBROS DA BANCA :
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EDRISI DE ARAUJO FERNANDES
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ROSANNE BEZERRA DE ARAUJO
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IRACEMA MARIA DE MACEDO GONÇALVES DA SILVA
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Data: 26/05/2022
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A presente dissertação versa sobre um dos problemas centrais da filosofia – desde sua origem até a contemporaneidade: sua relação com o mito e com a poesia. Com o intuito de compreender a ligação entre mito, poesia e filosofia (que muitos veem como opostas), mostraremos, através da visão romântica, que são indissociáveis. Sendo assim, apresentaremos um panorama do espírito romântico, assim como analisaremos o fundamento filosófico da poesia de um dos precursores do movimento, William Blake, mediante a leitura de alguns de seus poemas, entre eles, os que estão contidos em sua obra O casamento do Céu e do Inferno (2009a), abrindo um diálogo entre poesia e filosofia a partir dos conceitos de verdade, imaginação e razão. Também mostraremos a união inseparável entre poesia e conhecimento. Para isso, lançaremos mão do pensamento filosófico e poético moderno, mais precisamente na época em que esteve situado o poeta, período que nos proporciona uma melhor compreensão de sua crítica ao racionalismo exacerbado e suas consequências. E por fim, será apresentado uma reflexão sobre a “função” da poesia e o que é ser poeta.
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FLADMYLLA OHANA DE SOUZA LEITE
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A BANALIDADE DO MAL EM HANNAH ARENDT
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Orientador : RODRIGO RIBEIRO ALVES NETO
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MEMBROS DA BANCA :
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FÁBIO ABREU DOS PASSOS
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ODILIO ALVES AGUIAR
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RODRIGO RIBEIRO ALVES NETO
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Data: 30/05/2022
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A presente pesquisa analisará a reflexão de Hannah Arendt sobre o fenômeno da “banalidade do mal”, a relação entre responsabilidade pessoal e coletiva, e o vínculo entre pensamento moralidade que se expressa no exercício do raciocínio crítico. Elucidaremos o modo como os crimes totalitários desafiaram a compreensão e os padrões tradicionais de julgamento moral, reivindicando uma problematização da tradicional concepção do mal como derivado de uma vontade má, evidenciando o caráter superficial do mal quando praticado pela incapacidade de pensar e julgar, pela falência do senso comum e pela obediência irrefletida. O mal se torna banal quando realizado por homens que nem sequer decidiram realizá-los e apenas obedecem a regras previamente estabelecidas no regime. Investigaremos o esforço teórico da autora por tornar o pensamento relevante para a constituição e preservação do mundo comum, demonstrando o quanto o exercício do pensamento e a capacidade de julgar são importantes fatores na esfera dos assuntos humanos.
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JENIFFER LOPES BATISTA
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Um estudo da analogia entre a alma e a pólis n'A República de Platão
Um estudo da analogia entre a alma e a pólis n'A República de Platão
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Orientador : MARKUS FIGUEIRA DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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FRANCISCO DE ASSIS VALE CAVALCANTE FILHO
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LOURIVAL BEZERRA DA COSTA JUNIOR
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MARKUS FIGUEIRA DA SILVA
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Data: 06/07/2022
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A presente dissertação investiga a analogia entre a psykhé e a pólis na obra A República de Platão e busca demonstrar que as funções que os cidadãos desempenham na pólis correspondem à natureza da psykhé de cada um. Com esse fim, analisaremos a alma humana para compreender quais são os seus três princípios e como essa pode ser triádica e una; apresentaremos quais são as três classes em que Platão estrutura sua pólis ideal e verificaremos se há uma relação entre as classes e os princípios da alma, e, por fim, compreenderemos a analogia estabelecida pelo filósofo da Academia entre alma e pólis.
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The present dissertation investigates an analogy between the psykhé and the polis in Plato's The Republic and seeks that the functions that citizens play in the polis correspond to the nature of the psykhé to demonstrate in each one. To that end, let us analyze the human soul to understand its three principles and how it can be triadic and one; What are the classes that we present the structure of its ideal polis and we verify if there are classes and principles of the soul, and, finally, we understand an analogical relationship between a relationship between the soul and polis by the philosopher of the Academy.
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LUCAS FREITAS DE ARAÚJO
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O Mundo dos Homens e o Segundo Sexo: Do Essencialismo de gênero à Transcendência
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Orientador : CINARA MARIA LEITE NAHRA
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MEMBROS DA BANCA :
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CINARA MARIA LEITE NAHRA
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JAIME BIELLA
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MARIA DE LOURDES ALVES BORGES
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Data: 14/07/2022
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Nossa dissertação tem como objetivo mostrar a evolução do conceito de gênero dentro da Filosofia sob a perspectiva feminista abordando as primeiras construções do conceito dentro do contexto histórico da primeira e da segunda ondas feministas como estratégia contra o discurso opressor e a condição de inferioridade da mulher observados nas vidas e teorias das filósofas inglesa Mary Wollstonecraft (1759-1797) e da brasileira Nísia Floresta (1810-1885) numa ótica da filosofia existencialista da filósofa francesa Simone de Beauvoir (1908-1986) na obra O segundo sexo (1949), que marca as discussões da segunda onda feminista desconstruindo todo essencialismo nos papéis de gênero para a livre transcendência do sujeito criador do próprio projeto como marca da liberdade compreendendo este movimento próprio do existente, tema discutido na obra Por uma moral da ambiguidade (1947). Este caminho foi seguido por estas mulheres dissidentes em suas respectivas épocas quando elas decidiram escrever, elas precisavam se justificar pelo simples ato de escrever, foram taxadas como estranhas, intrusas, exóticas e anormais no mundo dos homens, mesmo assim, elas marcaram a precariedade da consciência filosófica da tradição, denunciando o machismo da época. Portanto, pretende-se demonstrar e refletir as contribuições para uma nova forma de pensar e transgredir - transcender - que vem se desenvolvendo por longos séculos para quebrar paradigmas e o cânone sexista da história do pensamento, assim como a realização dessas reivindicações dentro do campo político. A realização do projeto de transcendência deve garantir a emancipação das mulheres contemporâneas, aqui, especificamente pensado pela influência das obras beauvoirianas sobre a importância dos estudos do significante “mulher” na Filosofia.
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Our dissertation aims to show the evolution of the concept of gender within philosophy from a feminist perspective, approaching the first constructions of the concept within the historical context of the first and second feminist waves as a strategy against the oppressive discourse and the condition of women's inferiority observed in the lives and theories of English philosophers Mary Wollstonecraft (1759-1797) and Brazilian Nísia Floresta (1810-1885) from the perspective of existentialist philosophy of French philosopher Simone Beauvoir (1908-1985) in her work The Second Sex (1949), that marks the discussions of the second feminist wave deconstructing all essentialism in gender roles for the free transcendence of the subject creator of its own project as a mark of freedom understanding this own movement of the existent, a theme discussed in her work The ethics of ambiguity (1947). This path was followed by these dissident women in their respective eras when they decided to write, they needed to justify themselves by the simple act of writing, they were labeled as strange, intruders, exotic and abnormal in the world of men, even yet they marked the precariousness of the philosophical consciousness of the tradition, denouncing the sexism of the time. Therefore, it is intended to demonstrate and reflect the contributions to a new way of thinking and transgressing - transcending - that has been developing for long centuries to break paradigms and the sexist canon of the history of thought, as well as the realization of these claims within the political field. The realization of the transcendence project must ensure the emancipation of contemporary women, here, specifically thought through the influence of beauvoirian works on the importance of studies of the signifier "woman" in Philosophy.
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CARMÉLIA TEIXEIRA DE SOUSA
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"Escolhe a ti mesmo!": do fenômeno do desespero ao si-mesmo (Selv) na filosofia de Kierkegaard
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Orientador : DAX FONSECA MORAES PAES NASCIMENTO
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MEMBROS DA BANCA :
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DAX FONSECA MORAES PAES NASCIMENTO
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MYRIAM MOREIRA PROTASIO
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MARCOS ERICO DE ARAUJO SILVA
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Data: 27/07/2022
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Esta dissertação de mestrado tem por objetivo desenvolver uma interpretação acerca do problema do si-mesmo e o desespero humano sob a óptica de Søren Aabye Kierkegaard (1813-1855). A expressão de ordem do título – “Escolhe a ti mesmo” – possui uma interiorização no decorrer deste trabalho, não é apenas um “escolhe a ti mesmo”, mas, antes, conhece o que é ser si-mesmo, e edifique-se. As reflexões a respeito do tema serão desdobradas em três capítulos, e nossa metodologia de pesquisa consiste em uma análise hermenêutica, principalmente, da obra A doença para a morte, publicada por Kierkegaard em 1849. Para desenvolver uma chave hermenêutica que possa estruturar a interpretação sobre a antropologia kierkegaardiana, com embasamento em sua análise psicológica e teológica, faz-se preciso abrir a discussão com a definição de “si-mesmo” e – como correspondência antagônica – a análise sobre o desespero – realidade, possibilidade, universalidade e doença mortal. Ademais, o desespero será estudado conforme a desequilíbrio da síntese e sua potencialidade, de acordo com os graus de consciência do indivíduo sobre sua existência finita e, no grau mais elevado, o desespero na qualificação de pecado, que se caracteriza por ser diante de Deus ou com a ideia de Deus. Em toda a obra o desespero é considerado como doença, nunca como remédio ou como algo natural ao indivíduo, e como sempre se busca uma cura para qualquer que seja a enfermidade, em última análise, utilizaremos da obra Os lírios do campo e as aves do céu como tentativa de mostrar os lírios e as aves como mestres a ensinar a ser si-mesmo.
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LEONARDO DOMINGOS BRAGA DA SILVA
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O MATERIALISMO TRANSCENDENTAL E A COISA EM SI EM IEK
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Orientador : ALIPIO DE SOUSA FILHO
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MEMBROS DA BANCA :
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ALIPIO DE SOUSA FILHO
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DAX FONSECA MORAES PAES NASCIMENTO
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FERNANDO FACÓ DE ASSIS FONSECA
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RAFAEL LUCAS DE LIMA
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Data: 04/10/2022
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A presente pesquisa investiga o significado do materialismo transcendental proposto por Slavoj Zizek, observando a influência da questão do transcendental posta por Immanuel Kant, bem como das controvérsias acerca da coisa em si e a influência de Jaques Lacan na compreensão de um objeto virtual e da pulsão de morte que faz as vezes da coisa em si. Elucidamos parte do emaranhado de conexões conceituais que faz parte da filosofia zizekiana e observamos a sua tentativa de construir uma ontologia e metafísica capaz de escapar às armadilhas do relativismo e do realismo. Mostramos que, dar continuidade ao legado kantiano de pensamento força uma filosofia consequente a adotar um tipo de ceticismo em relação ao que está além das aparências, o que Zizek só pôde evitar ao modificar radicalmente o significado da própria coisa em si, trivializando a pergunta pelo que se encontra “além das aparências”. O mundo, assim, é contido em seu aparecer sem que a pergunta pelo que aparece seja feita. Aquilo que não é representação e pode, por isso, tomar o lugar da coisa em si é entendido como o objeto a causa do desejo, ou, noutros termos, a pulsão que, com sua negatividade, força o movimento dos elementos divididos em objeto e do sujeito; e, além disso, precede e cria a própria divisão. Todavia, nesta pesquisa, tal negatividade da pulsão só pôde ser encontrada propriamente no sujeito, restando ao objeto a negatividade da não-identidade. Desse modo, um materialismo transcendental que se propõe a tomar a pulsão como matéria, como coisa em si, se mostrou insuficiente para a superação do ceticismo e relativismo, por abandonar a prórpia coisa em si como algo que existe independetemente do sujeito. A solução encontrada e em acordo com o pensamento do autor, é considerar ambos momentos (materialismo que assume o primado da coisa em si e transcendentalismo que assume o primado da imaginação transcendental) como pontos de perspectiva irredutíveis e sem um terceiro termo de síntese, de modo que, é preciso passar de uma perspectiva à outra e se manter no entre para enxergar a verdade paraláctica do materialismo transcendental.
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The present rese’arch investigates the meaning of the transcendental materialism proposed by Slavoj Zizek, observing the influence of the question of the transcendental posited by Immanuel Kant, as well as the controversies about the thing in itself and the influence of Jacques Lacan in the understanding of a virtual object and the death drive of a virtual object that takes the place of the thing in itself. We elucidate portion of the conceptual entaglement of zizekian philosophy that is part of the construction of philosophy and observe its attempt to constructe an ontology and metaphysics capable of escaping the traps of relativism and realism. We show that, to proceed with the Kant legacy of thought forces a consistent philosophy to adopt a kind of skepticism in relation to what is beyond appearances, which Zizek could only avoid by radically modifying the meaning of the thing in itself, trivializing the question about what is “beyond appearances”. The world, thus, is contained in its appearing without the question “what appears?” to be made. The object that is not representation and can, therefore, take its place is understood as the object of the cause of desire, or in other words, the drive that, with its negativity, forces the movement of the splited elements into subjet and object; and, moreover, it precedes and creates the split itself. However, in this research, such negativity could only be found in the subject, leaving to the object the negativity of non-identity. In this way, a transcendental materialism that takes drive as matter, as a thing in itself, proves to be insufficient to overcome skepticism and relativism, due to abandon the thing in itself as something that exists independently of the subject. A solution found, and according to the author's thinking, is considered both moments (materialism that assumes the primacy of the thing in itself and transcendentalism that assumes the primacy of the transcendental imagination) as irreducible points of perspective and without a third term of synthesis, so it is necessary to move from one perspective to the other and remain in between to see the parallax truth of transcendental materialism.
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GEORGE CARLOS DA SILVA
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O ser e seus significados em Aristóteles
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Orientador : GISELE AMARAL DOS SANTOS
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MEMBROS DA BANCA :
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GISELE AMARAL DOS SANTOS
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BRUNO RAFAELO LOPES VAZ
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LUIZ FERNANDO FONTES TEIXEIRA
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Data: 13/12/2022
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A presente dissertação tem como objetivo analisar a doutrina do ser e seus significados em Aristóteles. Segundo o autor, a pergunta sobre o que é o ser sempre esteve presente como objeto de investigação entre os pensadores antigos, os quais divergiram quanto à sua natureza, unidade e diversidade. Herdeiro desta tradição, Aristóteles buscou desenvolver uma ciência do ser enquanto ser e de seus atributos essenciais e, desse modo, elaborou uma doutrina que tem como ponto de partida a identificação dos vários modos de se dizer o ser. Nesta exposição, procuramos atravessar o percurso desses significados, dentre eles: o acidente, a potência e o ato, a verdade e a substância (ousia), que foi entendida por Aristóteles como ser privilegiado e primeiro.
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VOLTAIRE RIBEIRO VIANNA FILHO
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Investigação acerca da Noção de Sophrosyne no Carmides.
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Orientador : MARKUS FIGUEIRA DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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ANTONIO JÚLIO GARCIA FREIRE
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MARKUS FIGUEIRA DA SILVA
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MONALISA CARRILHO DE MACEDO
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Data: 16/12/2022
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O que é a sophrosyne? Esta é a questão que Sócrates apresenta aos participantes do diálogo, que são Cármides e Crítias, para que juntos analisem, no Diálogo intitulado Charmides, diálogo da juventude de Platão, a σωφροσύνη. Sophrosyne é fazer todas as coisas com decência e moderação? É o que faz o Homem corar e ficar envergonhado? É cuidar cada um do que lhe é próprio? Consiste na prática do bem, em fazer coisas boas? O conhecimento de si mesmo, o autoconhecimento é σωφροσύνη? Ou ainda o conhecimento dos outros conhecimentos? No Diálogo Cármides, Sócrates e seus interlocutores examinam se a virtude σωφροσύνη é conhecimento. E sendo conhecimento, de quê? Esse breve trabalho vai procurar acompanhar as seis investigações de Sócrates sobre a noção do que é σωφροσύνη, bem como o uso da sophrosyne como enkrateia em outros diálogos de Platão.
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ANTONIO JULIO GARCIA FREIRE
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Do amor à verdade - um estudo lacaniano d'O Banquete de Platão
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Orientador : MONALISA CARRILHO DE MACEDO
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MEMBROS DA BANCA :
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MONALISA CARRILHO DE MACEDO
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LÍLIAN DE ARAGÃO BASTOS DO VALLE
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MARIA DAS GRAÇAS DE MORAES AUGUSTO
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Data: 16/12/2022
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Platão, em O Banquete, apresenta um novo paradigma para o amor que, além da experiência afetiva, ganha uma dimensão pedagógica. A psicanálise, desde Freud, também aborda o amor como experiência de transmissão, mas é a leitura que Lacan faz do texto platônico em seu oitavo seminário que se buscará decantar no presente trabalho, sua ênfase no conceito de agalma e, a partir daí, apontar aproximações e diferenças entre psicanálise e filosofia. Não apenas como práticas, mas como práticas discursivas, buscando compreender como o conceito de "verdade" é operado em cada uma.
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ALYSSON ZENILDO COSTA ALVES
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Três figuras de Eros em Platão
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Orientador : MONALISA CARRILHO DE MACEDO
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MEMBROS DA BANCA :
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MONALISA CARRILHO DE MACEDO
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MARKUS FIGUEIRA DA SILVA
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LÍLIAN DE ARAGÃO BASTOS DO VALLE
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Data: 19/12/2022
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O objetivo da presente dissertação é expor, investigar e analisar as influências que o amor exerce na vida dos homens e na vida da cidade. A caminhada começa com o eros cantado pelos poetas antigos, nele encontrando-se os tons de um amor que dá origem a tudo, que ordena e suas implicações no cotidiano. Um passo importante na jornada, é compreender o desenvolvimento dos atributos que vão sendo dados a eros à medida que a sociedade evolui no tempo, e o quanto o desejo atravessa as relações. Chegando ao corpus platônico nos debruçamos em três cenários possíveis para o eros: pedagogo, político e sexual. Platão, na construção dos seus diálogos, desenha esboços e aponta pistas para um melhor entendimento da força que o amor pode exercer sobre a cidade e seus habitantes. Ele é posto em prática na governança e na regulação do que é público, mas há a preocupação com a formação dos jovens, aqueles que representam as sementes de uma nova geração, mais refinada pelo amor. A formação implica num processo contínuo de maturação, quando os jovens são provados como ouro no fogo - imagens que minimamente representam as ações que as várias categorias do desejo podem exercer sobre suas almas. Um ponto de equilíbrio e fim de todos é a busca que a filosofia faz assim como eros, representa um objeto de desejo, o qual ao mesmo tempo que se mostra e se oculta, sendo a força estruturante para uma busca rumo à verdadeira contemplação do belo.
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JONHKAT LEITE DOS SANTOS
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A RETIFICAÇÃO DO ERRO NA EPISTEMOLOGIA DE GASTON BACHELARD COMO ANTECIPAÇÃO DE UMA ABORDAGEM HISTÓRICA NA FILOSOFIA DA CIÊNCIA
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Orientador : BRUNO RAFAELO LOPES VAZ
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MEMBROS DA BANCA :
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FEDERICO SANGUINETTI
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BRUNO RAFAELO LOPES VAZ
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EVELYN FERNANDES ERICKSON
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KARIEL ANTONIO GIAROLO
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Data: 20/12/2022
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O presente trabalho aborda aspectos da epistemologia proposta por Gaston Bachelard e tem por objetivo traçar linhas que permitam o olhar aproximado da abordagem bachelardiana de obstáculos epistemológicos e racionalismo aplicado. Em análise dos tópicos trazidos aqui, nota-se que o processo do exercício científico está repleto de obstáculos epistemológicos que interferem diretamente na relação cientista-pesquisa. O caminho escolhido aqui para tratar desse aspecto se faz na apresentação do critério de demarcação científica de Kant e na análise de componentes que permeiam a imagem do exercício científico e para isso foi escolhido trazer noções gerais da epistemologia proposta pelo Positivismo lógico, Thomas Kuhn e Imre Lakatos. Isto a fim de estabelecer pontos de concordância e afastamento de posturas que constituem a prática científica enquanto processo de criação e investigação, permeada por erros, que precisam ser retificados para que se encontre uma postura capaz de se relacionar de forma mais adequada com a ciência contemporânea. Bachelard propõe abandonar os posicionamentos extremos e acredita que apenas adotando uma postura que esteja entre o racionalismo extremo e o realismo ingênuo poderemos nos aproximar de uma abordagem mais condizente com a prática científica. A Epistemologia de Bachelard aponta para uma abordagem menos elitista e mais em conformidade com a horizontalidade necessária para e pelo exercício científico. Nosso objetivo aqui foi o de trazer
elementos que permitam nos orientar sobre a relação estabelecida entre o humano e o mundo sobre a qual a atenção e os elementos subjetivos são direcionados.
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The present work deals with aspects of the epistemology proposed by Gaston Bachelard and its intent is to look closely at Bachelard's approach of epistemic obstacles and applied rationalism. In the analysis proposed, one can notice that the process of scientific practice is filled with epistemic obstacles that interfere directly in the relationship between scientist-research. The path chosen here presents Kant’s scientific demarcation and analises components that permeate the image of scientific
practice, and to this end the general epistemologies of Logical Positivism, Thomas Kuhn and Imre Lakatos are discussed. The aim is to establish points of agreement and of disagreement between these views related to scientific practice as a process of creation and investigation, filled with errors that need to be rectified in order to find a posture capable of relating more adequately with contemporary science. Bachelard proposes to abandon extremes and believes that only by adopting a posture that lies between extreme rationalism and naive realism can we come close to an approach more befitting with scientific practice. The Epistemology of Bachelard points to an approach less elitists and more in agreement with the horizontality needed for and by the exercise of science. Here we bring elements that allow us to orient the established relation between the human and the world towards which attention and
subjective elements are directed.
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ANA PAULA MENDES DE OLIVEIRA
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Aniquilação: genealogia da crítica de Maria Zambrano ao pensamento ocidental
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Orientador : EDUARDO ANIBAL PELLEJERO
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MEMBROS DA BANCA :
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EDUARDO ANIBAL PELLEJERO
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FEDERICO SANGUINETTI
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ANNITA COSTA MALUFE
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Data: 21/12/2022
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Tendo em vista que no Brasil há pouca produção bibliográfica a respeito do pensamento de Maria Zambrano, principalmente de uma perspectiva mais filosófica, uma vez que os trabalhos que constam nas plataformas se concentram mais em seu aspecto religioso/místico e literário/estético, a respectiva dissertação teve como objetivo suprir tal lacuna. Assim, a presente dissertação dedicou-se a reconstruir a crítica de Maria Zambrano da modernidade (a crise da razão), a qual consiste em uma genealogia da crise ocidental/europeia, chamada por Mercedes Gómez Blesá[1] de Aniquilação. Desse modo, a partir da pesquisa histórico-bibliográfica, se deu, além da análise crítica do panorama histórico, político e filosófico, que permite identificar as preocupações e motivações subjacentes em sua obra (nas quais se encontram a gênese das principais noções da obra zambraniana, de razão poética e persona), também se oferece um modesta reorganização sistemática dos escritos e argumentação da filósofa ao expor as etapas e eixos temáticos de seu pensamento (crítico ou negativo e afirmativo ou positivo), que apresentam todos os aspectos do pensamento zambraniana: que partem de uma preocupação de dimensão ética e política e migra para explicação da crise a partir de uma dimensão ontológica e epistemológica, que conduzem às contribuições, tanto nas áreas de conhecimento citadas, quanto à estética filosófica. Isso posto, tal itinerário contribuí à identificação, compreensão e justificação, das origens, relações e os fins das noções principais da obra de Zambrano (razão poética e persona), enquanto alternativa e superação da modernidade, com o intuito de que se continue desenvolvendo aspectos específicos do pensamento zambraniano.
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Considering that in Brazil there is little bibliographic production regarding the thought of Maria Zambrano, mainly from a more philosophical perspective, since the works that appear on the platforms focus more on their religious/mystical and literary/aesthetic aspects, the respective dissertation aimed to fill this gap. Thus, the present dissertation was dedicated to reconstructing Maria Zambrano's critique of modernity (the crisis of reason), which consists of a genealogy of the Western/European crisis, called by Mercedes Gómez Blesá as Annihilation. In this way, from the historical-bibliographic research, in addition to the critical analysis of the historical, political and philosophical panorama, it was possible to identify the underlying concerns and motivations in his work (in which the genesis of the main notions of the Zambranian work can be found) , of poetic reason and persona), a modest systematic reorganization of the philosopher's writings and argumentation is also offered by exposing the stages and thematic axes of her thinking (critical or negative and affirmative or positive), which present all aspects of Zambranian thought: that start from a concern with an ethical and political dimension and migrate to an explanation of the crisis from an ontological and epistemological dimension, which lead to contributions, both in the aforementioned areas of knowledge, and in philosophical aesthetics. That said, this itinerary contributes to the identification, understanding and justification of the origins, relationships and purposes of the main notions of Zambrano's work (poetic reason and persona), as an alternative and overcoming modernity, with the aim of continuing to develop aspects specific to Zambranian thought.
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JOYCE KELLY DO NASCIMENTO
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A questão do sujeito em Cornelius Castoriadis: autonomia e razão nos labirintos do imaginário
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Orientador : SERGIO LUIS RIZZO DELA SAVIA
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MEMBROS DA BANCA :
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ADALBERTO XIMENES LEITÃO FILHO
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MARTHA SOLANGE PERRUSI
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SERGIO LUIS RIZZO DELA SAVIA
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Data: 21/12/2022
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A presente dissertação de mestrado tem como objetivo demonstrar que a filosofia de Cornelius Castoriadis renova profundamente a questão do sujeito na filosofia a partir de uma dupla condição do humano, isto é, a dimensão social-histórica, por um lado, e a dimensão psíquica, por outro, e do entrelaçamento desses elementos. Castoriadis, assim, apresenta os fundamentos para o desenvolvimento da autonomia do sujeito, da realização de sua natureza criativa e da afirmação da sua verdade. O trabalho resultado de nossa pesquisa bibliográfica está estruturado em três capítulos, sendo o primeiro dedicado a concepção ontológica do autor, fundamentada no conceito de criação e tendo como principal expoente de criação original o pensamento grego. O segundo capítulo trata das concepções de imaginário precedentes à Castoriadis, nos permitindo destacar a originalidade do autor, através do entrelaçamento da imaginação psíquica e o imaginário no domínio social-histórico. O terceiro e último capítulo é dedicado à questão da autonomia, no âmbito subjetivo e coletivo, abordando finalmente a questão da ecologia e seus desdobramentos atuais.
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This master's thesis aims to demonstrate that the philosophy of Cornelius Castoriadis profoundly renews the question of the subject in philosophy from a double condition of the human, that is, the social-historical dimension, on the one hand, and the psychic dimension, on the other, and the interweaving of these elements. Castoriadis thus presents the fundamentals for the development of the subject's autonomy, the realization of his creative nature and the affirmation of his truth. The work resulting from our bibliographical research is structured in three chapters, the first of which is dedicated to the ontological conception of the author, based on the concept of creation and having Greek thought as the main exponent of original creation. The second chapter deals with the conceptions of the imaginary preceding Castoriadis, allowing us to highlight the author's originality, through the intertwining of the psychic imagination and the imaginary in the social-historical domain. The third and last chapter is dedicated to the issue of autonomy, in the subjective and collective scope, finally approaching the issue of ecology and its current developments.
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Teses |
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DANIGUI RENIGUI MARTINS DE SOUZA
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ESTADO DE EXCEÇÃO COMO PRODUÇÃO DA VIDA NUA EM GIORGIO AGAMBEN
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Orientador : RODRIGO RIBEIRO ALVES NETO
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MEMBROS DA BANCA :
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ANTONIO BASILIO NOVAES THOMAZ DE MENEZES
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DANIEL ARRUDA NASCIMENTO
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PEDRO HUSSAK VAN VELTHEN RAMOS
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RODRIGO RIBEIRO ALVES NETO
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SERGIO LUIS RIZZO DELA SAVIA
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Data: 17/01/2022
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O presente estudo busca mostrar de que modo o estado de exceção, tal como pensado por Giorgio Agamben, consiste em um paradigma de governo contemporâneo capaz de produzir zonas de anomia que capturam a vida e despolitiza os indivíduos, bem como de apontar como as estruturas do messianismo podem sugerir a inteligibilidade necessária para construção de uma possível teoria do estado de exceção que falta as ciências jurídicas. Esta pesquisa visa ampliar e aprimorar as discussões teóricas das obras do referido filósofo, buscando mostrar de que forma a exceção produz uma zona de anomia a partir da qual as vidas são capturadas numa exclusão e excluídas na captura. Isso produz um sujeito (construído corpo a corpo com os dispositivos) destituído de toda sua potência política e reduzido a uma única forma de vida, a vida nua, àquela que pode ser explorada como um objeto e ceifada sem que quem a elimine cometa algum crime passível de punição. Para isso, realizamos no primeiro capítulo um breve percurso que visa esclarecer o método de pesquisa arqueológico utilizado pelo filósofo italiano enfatizando que suas pesquisas visam encontrar o ponto de insurgência dos fenômenos capaz de explicar o seu objeto de estudo. No segundo capítulo realizamos uma reconstrução acerca do significado do conceito de biopolítica a partir de uma discussão sobre a politização da vida e de como esse processo revela a captura de uma vida que não deveria pertencer à esfera política. No capítulo seguinte, são apresentados os dois autores que são as matrizes essenciais, segundo Giorgio Agamben, para se pensar o estado de exceção: Carl Schmitt e Walter Benjamin. No quarto capítulo, apresentamos o modo como o filósofo italiano compreende o estado de exceção, quais são suas possíveis raízes e quais motivos o levam a classificá-lo como um paradigma de governo a partir do qual é produzido a vida nua. No quinto e último capitulo, analisamos os chamados textos pandêmicos tendo em vista as polêmicas que suas publicações suscitaram no Brasil e propondo que a leitura dos mesmos seja realizada partindo do pressuposto que Agamben está a realizar um pensamento meditativo que indaga acerca dos significados das nossas ações (nesse momento aproveitamos para esclarecer alguns pontos de incompreensão da filosofia do pensador italiano por parte dos seus leitores e salientamos que o filósofo italiano escreve acerca da pandemia num contexto diferente do nosso e que, por isso, suas teses não podem e nem devem ser aplicadas às singularidades da realidade brasileira). Finalizamos o capítulo apresentando aquilo que consideramos ser os caminhos apontados pelo pensador italiano para uma política por vir. Isso é feito a partir de uma análise “ateológica” de conceitos teológicos (como o messianismo e o tempo messiânico) e de como os monges cenobitas podem representar uma forma-de-vida que não se permite ser capturada pelas instâncias do direito. Nesse sentido, os conceitos teológicos trabalhados por Agamben devem ser lidos a partir da tentativa da formulação de uma teoria da exceção que falta e que não pode existir nas ciências jurídicas.
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ADALBERTO XIMENES LEITÃO FILHO
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A ambiguidade do processo de legitimação democrática em Habermas: uma leitura crítica.
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Orientador : SERGIO LUIS RIZZO DELA SAVIA
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MEMBROS DA BANCA :
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ALESSANDRO PINZANI
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FELIPE GONÇALVES SILVA
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LUIZ PAULO ROUANET
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LUIZ PHILIPE ROLLA DE CAUX
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SERGIO LUIS RIZZO DELA SAVIA
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Data: 25/03/2022
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O objetivo de nosso trabalho é demonstrar a possibilidade de conciliação entre o procedimentalismo habermasiano e o princípio da justiça social, especialmente, quando este estiver associado ao projeto civilizatório, emancipador e humanista da Modernidade. Para tanto, realizamos uma leitura crítica do processo de legitimação da teoria da democracia de Habermas, exposta em Direito e democracia: entre facticidade e validade, ancorada na ambiguidade acerca da questão da justiça social. Contrapomos a teoria democrática “madura” de Habermas com sua ampla perspectiva política, presentes nos textos políticos pré e pós Direito e democracia: entre facticidade e validade, e com os princípios teóricos sob os quais ela se assenta, além, de nos valermos das observações críticas de importantes comentadores e intérpretes especializados. Nossa tese é a de que o princípio da justiça social pode ser encontrado, e justificado, nas premissas e na perspectiva geral da teoria política habermasiana, que aspira alcançar a antiga promessa do projeto de uma sociedade livre, justa, racional e auto-organizada. A teoria democrática de Habermas em Direito e democracia: entre facticidade e validade elenca duas fontes de legitimação que serão contraditas por ele em textos posteriores, onde se ressalta que não haveria legitimidade democrática sem justiça social. Isto nos levou ao seguinte dilema: esta ambiguidade aponta para uma contradição grave na teoria democrática ou é uma simples retórica, haja vista que Habermas se mantém fiel às suas premissas centrais? É possível pensar uma democracia radical e uma sociedade livre e justa sem justiça social? Devemos simplesmente, para isso, abandonar a argumentação sobre a legitimação democrática contida em Direito e democracia: entre facticidade e validade? A favor da posição de Direito e democracia: entre facticidade e validade encontra-se a constatação de direitos fundamentais sociais. A seu desfavor, a crítica excessiva a esses direitos, a rejeição do Estado de bem-estar social e, ainda, a ausência de uma proposta substituta. Argumentamos que a solução deste dilema passa pela compreensão dos direitos sociais como direitos fundamentais imprescindíveis e pelo entendimento de que um projeto político é também um projeto civilizatório, que, enquanto tal, não frutifica sem sensibilidade social perante o próximo e sem a institucionalização de um Estado social. Nosso trabalho contribui para preencher uma lacuna de uma importante problemática, até então secundarizada, do pensamento político habermasiano, que trata sobre a imprescindível e urgente reflexão sobre os fundamentos teóricos da legitimação democrática, tão duramente contestados na sociedade contemporânea.
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O objetivo de nosso trabalho é demonstrar a possibilidade de conciliação entre o procedimentalismo habermasiano e o princípio da justiça social, especialmente, quando este estiver associado ao projeto civilizatório, emancipador e humanista da Modernidade. Para tanto, realizamos uma leitura crítica do processo de legitimação da teoria da democracia de Habermas, exposta em Direito e democracia: entre facticidade e validade, ancorada na ambiguidade acerca da questão da justiça social. Contrapomos a teoria democrática “madura” de Habermas com sua ampla perspectiva política, presentes nos textos políticos pré e pós Direito e democracia: entre facticidade e validade, e com os princípios teóricos sob os quais ela se assenta, além, de nos valermos das observações críticas de importantes comentadores e intérpretes especializados. Nossa tese é a de que o princípio da justiça social pode ser encontrado, e justificado, nas premissas e na perspectiva geral da teoria política habermasiana, que aspira alcançar a antiga promessa do projeto de uma sociedade livre, justa, racional e auto-organizada. A teoria democrática de Habermas em Direito e democracia: entre facticidade e validade elenca duas fontes de legitimação que serão contraditas por ele em textos posteriores, onde se ressalta que não haveria legitimidade democrática sem justiça social. Isto nos levou ao seguinte dilema: esta ambiguidade aponta para uma contradição grave na teoria democrática ou é uma simples retórica, haja vista que Habermas se mantém fiel às suas premissas centrais? É possível pensar uma democracia radical e uma sociedade livre e justa sem justiça social? Devemos simplesmente, para isso, abandonar a argumentação sobre a legitimação democrática contida em Direito e democracia: entre facticidade e validade? A favor da posição de Direito e democracia: entre facticidade e validade encontra-se a constatação de direitos fundamentais sociais. A seu desfavor, a crítica excessiva a esses direitos, a rejeição do Estado de bem-estar social e, ainda, a ausência de uma proposta substituta. Argumentamos que a solução deste dilema passa pela compreensão dos direitos sociais como direitos fundamentais imprescindíveis e pelo entendimento de que um projeto político é também um projeto civilizatório, que, enquanto tal, não frutifica sem sensibilidade social perante o próximo e sem a institucionalização de um Estado social. Nosso trabalho contribui para preencher uma lacuna de uma importante problemática, até então secundarizada, do pensamento político habermasiano, que trata sobre a imprescindível e urgente reflexão sobre os fundamentos teóricos da legitimação democrática, tão duramente contestados na sociedade contemporânea.
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LEANDRO FERNANDES DANTAS
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O animal simbólico: simbolismo em Ernest Cassirer e Susanne Langer.
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Orientador : RODRIGO RIBEIRO ALVES NETO
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MEMBROS DA BANCA :
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FRANCISCO JOSE DIAS DE MORAES
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FÁBIO ABREU DOS PASSOS
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LUCAS BARRETO DIAS
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RODRIGO RIBEIRO ALVES NETO
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ÉCIO PISSETA
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Data: 27/04/2022
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Este estudo analisa os principais desenvolvimentos da teoria dos símbolos, ou filosofia das formas simbólicas, pioneiramente expressa na obra do filósofo alemão Ernest Cassirer e posteriormente desenvolvida pela obra da filósofa norte americana Susanne Langer. Refletimos sobre o caráter basilar do simbolismo na constituição humana dos significados que permeiam as formas variadas da cultura. Além disso, de um ponto de vista privado ou individual, consideramos o modo como os símbolos “configuram” a apreensão da realidade em matizes cognitivos e emocionais. A linguagem, o mito, a religião, a arte e o conhecimento são os produtos da capacidade de simbolização, que de modo geral constitui a cultura. A utilização de símbolos se torna um delimitador entre a condição humana e a animal, na medida em que por via do simbolismo os seres humanos podem adiar suas respostas aos estímulos do ambiente, enquanto os animais reagem a eles de maneira impulsiva. Os seres humanos possuem ideias implícitas, crenças subjacentes, nunca questionadas, numa palavra, cosmovisões que permeiam nosso comportamento e pensamento diante das coisas. Essas vias conceituais funcionam como “trilhos” previamente dispostos por onde o intelecto que compreende os fenômenos da realidade pode mover-se e seguir direções determinadas. Mas, a realidade é complexa, isto é, possui múltiplos aspectos e dimensões. Por isso nossa linguagem, longe de apontar para algum substrato absolutamente verdadeiro nos objetos, limita-se a enfatizar aspectos particulares das coisas. A experiência humana com os objetos não pode nunca ser reduzida a algum viés específico de simbolização, como a abstração de fórmulas científicas; porque nunca podemos separar a percepção do objeto das qualidades de sentimento que acompanham essa percepção. Cada aspecto das múltiplas experiências humanas tem uma reinvindicação à “realidade”, e cada forma de simbolização garante ao ser humano a possibilidade de “estabilização” e “consolidação” das nossas percepções e pensamentos, diante de um mundo em constante mutação.
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RÓBSON HENRIQUE DE ALMEIDA BATISTA
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OS JOGOS DE FOUCAULT: DA VERDADE DO DESEJO À CORAGEM DA VERDADE
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Orientador : ALIPIO DE SOUSA FILHO
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MEMBROS DA BANCA :
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ALIPIO DE SOUSA FILHO
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ANDRÉ YAZBEK
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AVELINO ALDO DE LIMA NETO
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EDRISI DE ARAUJO FERNANDES
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GISELE AMARAL DOS SANTOS
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LUCAS TRINDADE DA SILVA
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Data: 29/04/2022
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Embora nem sempre explícito, o interesse de Michel Foucault pela psicanálise foi profundo e duradouro. Profundo demais, talvez, para fazer dele um simples partidário; mas duradouro o suficiente para, sem lhe tirar o rigor, nele engendrar frequentes mudanças de perspectiva em relação a ela. A vontade de saber (1976) e os demais volumes da História da sexualidade (1984a, 1984b, 2018) ilustram isso. O primeiro apresenta um conjunto de ensaios críticos a conceitos fundadores da psicanálise, e os demais, sob uma perspectiva genealógica, dela retomam noções essenciais como “sexualidade” e “desejo”. Entretanto, A vontade de saber também pode ser abordada sob outras perspectivas, como “convite à filosofia” e como “jogo filosófico”. No primeiro caso, não convém interpretá-la como um convite ao discurso filosófico, mas sim à prática filosófica. No segundo, é o fato de sua origem advir de práticas que encerram características de jogo que permite concebê-la como um jogo filosófico. Diante disso, dois são os objetivos: contextualizar a concepção de A vontade de saber através de um levantamento da relação de Foucault com a psicanálise e situar teoricamente o jogo filosófico de Foucault a partir de uma revisão das noções filosóficas de jogo. Num segundo momento, a noção de desejo é problematizada e a problemática do dizer-verdadeiro é abordada no âmbito da constituição ética do sujeito. Também aqui, são dois os objetivos: assinalar a passagem da “crítica à verdade do desejo” à “apreciação da coragem da verdade” como constitutiva de um éthos; e articular o “modo de vida filosófico” com a “parrésia”. Neste momento, erguem-se algumas questões: visto as inúmeras formas assumidas pela parrésia ao longo da história, não devemos admitir que a prática da parrésia é largamente adaptável e, por conseguinte, passível de adequação ao mundo contemporâneo? Visto as funções historicamente desempenhadas pela parrésia, não é razoável presumir que, uma vez aclimatada a certos cenários atuais, essa prática deve ser reconhecida como um dispositivo de constituição ética do sujeito? Além disto, não é provável que o jogo parresiástico, por manter uma relação constitutiva com a verdade, exerceria uma influência decisiva na formação ética do sujeito que opta pelo modo de vida intelectual? Enfim, fora algumas hipóteses e ideias a elas vinculadas, as problemáticas e argumentos aqui reproduzidos se apoiam largamente em revisões de literatura primária e secundária, bem como em obras de interlocutores de Michel Foucault.
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Although not always explicit, Michel Foucault's interest in psychoanalysis was deep and enduring. Too deep, perhaps, to make him a mere partisan; but lasting enough to, without detracting from its rigor, engender in him frequent changes of perspective in relation to her. The Will to Knowledge (1976) and the other volumes of the History of Sexuality (1984a, 1984b, 2018) illustrate this. The first presents a set of essays critical to the founding concepts of psychoanalysis, and the others, from a genealogical perspective, take up essential notions such as “sexuality” and “desire” from it. However, The Will to Knowledge can also be approached from other perspectives, as an “invitation to philosophy” and as a “philosophical game”. In the first case, it should not be interpreted as an invitation to philosophical discourse, but rather to philosophical practice. In the second, it is the fact that its origin comes from practices that contain game characteristics that allows it to be conceived as a philosophical game. In view of this, there are two objectives: to contextualize the conception of The Will to Knowledge through a survey of Foucault's relationship with psychoanalysis and to theoretically situate Foucault's philosophical game from a review of the philosophical notions of game. In a second moment, the notion of desire is problematized and the problem of true-saying is addressed within the scope of the ethical constitution of the subject. Here too, there are two objectives: to point out the passage from “criticism of the truth of desire” to “appreciation of the courage of truth” as constituting an ethos; and to articulate the “philosophical way of life” with “parrhesia”. At this point, some questions arise: given the innumerable forms taken by parrhesia throughout history, should we not admit that the practice of parrhesia is largely adaptable and, therefore, subject to adaptation to the contemporary world? Given the functions historically performed by parrhesia, is it not reasonable to assume that, once acclimated to certain current scenarios, this practice should be recognized as a device for the ethical constitution of the subject? Furthermore, is it not likely that the parrhesiastic game, by maintaining a constitutive relationship with the truth, would exert a decisive influence on the ethical formation of the subject who opts for the intellectual way of life? Finally, apart from some hypotheses and ideas linked to them, the problems and arguments reproduced here are largely based on reviews of primary and secondary literature, as well as on works by Michel Foucault's interlocutors.
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JOELSON SILVA DE ARAUJO
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NIETZSCHE E A CELEBRAÇÃO DA MENTIRA POÉTICA
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Orientador : FERNANDA MACHADO DE BULHOES
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MEMBROS DA BANCA :
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FERNANDA MACHADO DE BULHOES
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LINDOALDO VIEIRA CAMPOS JÚNIOR
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MARCOS DE CAMARGO VON ZUBEN
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ROSA MARIA DIAS
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WILSON ANTONIO FREZZATTI JUNIOR
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Data: 20/06/2022
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Segundo Nietzsche, a linguagem não é capaz de revelar a verdade; tudo o que ela produz são metáforas, transposições, criações antropomórficas. Para ele, o homem “conhece ao inventar e inventa ao conhecer”. Criar e relacionar metáforas faz dele o único ser capaz de inventar, produzir imagens e transformá-las em signos linguísticos. Para Nietzsche, não existe adequação entre as palavras e as coisas, já que a origem da linguagem é ilógica e arbitrária, e o que se denomina como verdade é resultado de convenções humanas que foram, ao longo do tempo, poética e retoricamente enfatizadas; então, o que existem são mentiras, arbitrariedades ou, simplesmente, invenções que por inconsciência e esquecimento do animal humano não são reconhecidas como tais. O objetivo central desta tese é compreender qual é a interpretação de Nietzsche sobre a noção de mentira e também a diferença por ele estabelecida entre dois tipos de mentira: as que degeneram a vida e as que a intensificam. As mentiras negativas, contrárias à vida, estão ligadas ao sacerdote religioso e aos filósofos dogmáticos, que não se reconhecem como inventores. Nietzsche denomina as mentiras que estão a serviço da vida como mentiras poéticas ou mentiras artísticas; estas são produzidas por aqueles que se reconhecem como criadores, sabem que todo conhecimento é uma invenção humana; eles são artistas que inventam mentiras poéticas para embelezar a vida. Como veremos, as mentiras, dependendo de quem as inventa, podem levar a vida à degeneração ou à sua integral afirmação.
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According to Nietzsche, the language is not able to reveal the truth; all that it produces are metaphors, transpositions, anthropomorthic creations. For him, the man knows by invent and he invents by to know. Create and relate metaphors make him the unique being able to invent, to produce images and transform them in linguistic signs. For Nietzsche, there isn’t adequation between the words and the things, since the origin of language is illogical and arbitrary, and what is called truth is result of human conventions that were, over time, poetic and rethorically enphasized; so, what exist are lies, arbitrariness or, simply, inventions that by unconsciousness and oblivion of the human animal are not recognized as such. The main objective of this thesis is to understand what is the Nietzsche’s interpretation about the notion of lie and also the difference for him established between two types of lie, those that degenerate the life and those that intensify it. The negative lies, contrary to life, they are linked to religious priest and dogmatic philosophers; these are criticized by Nietzsche for not recognizing themselves as inventors. The lies that are at service of life, Nietzsche calls poetic lies or artistic lies, it is an affirmative type that serves to beautify the life and recognize the man as artistic subject, it is linked to the figure of artist, whose purpose is not to cheat, but rather to recognize the appearence and fictionality of all knowledge. As we will see, the lies, depending of who invents it, they can take the life to degeneration or to its full affirmation
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JÉSSICA CÁSSIA BARBOSA
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Potências do falso e a postulação de um outro fim de mundo possível
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Orientador : EDUARDO ANIBAL PELLEJERO
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MEMBROS DA BANCA :
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ANDRÉ VINÍCIUS NASCIMENTO ARAÚJO
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EDUARDO ANIBAL PELLEJERO
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ESTER MARIA DREHER HEUSER
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FEDERICO SANGUINETTI
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PEDRO HUSSAK VAN VELTHEN RAMOS
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Data: 08/07/2022
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O problema do pensamento perpassa a filosofia de Gilles Deleuze: o que significa pensar? Como se dá o pensamento? Para o filósofo, dentro da história da filosofia, tais perguntas são tidas como pressupostos que asseguram seus próprios fundamentos. O pensamento aparece como algo natural, isto é, naturalmente inclinado ao verdadeiro e a uma boa vontade do pensador. Mas o que escondem tais pressupostos? O que deseja o homem da verdade? Deleuze encontra na história da filosofia uma imagem dogmática do pensamento. O homem da verdade projeta valores superiores à vida, a partir dos quais julga a vida. “Se alguém quer a verdade, não é em nome do que o mundo é, mas em nome do que o mundo não é” (Deleuze, 2018, p. 124). A diferença é enterrada sob o modelo do Mesmo, ou do si-mesmo. A verdade é a forma pura, é o mundo de formas, das Ideias, como pensava Platão. Por definição é um mundo sem perspectiva, um mundo sem ponto de vista. Ou, quiçá, e essa é nossa hipótese, seria o mundo de uma perspectiva pura, única sobre o todo. Que deseja o homem veraz, uma vez que esse mundo não existe, nunca ninguém viu? Uma perspectiva sobre todas as outras? A europeização / cristianização / heteronormatização do mundo? A europeização, como condição desses valores superiores, tem suas consequências não só ontológicas, mas também políticas. Constitui-se como a história do capitalismo que impede o devir dos povos sujeitados. O sensível aparece como “fundo” de produção do pensamento contra uma imagem dogmática e conservadora. A partir do sensível o pensamento se aproxima de seus processos múltiplos de expressão. A potência do falso faz ver que, para além dos valores do verdadeiro ou do falso, há um jogo vital de uma atividade genérica de produção de sentido. Movimentos da diferença ditos em termos de devires, afectos e perceptos permitem passar dos limites representacionais, e lidar com um conteúdo não-representacional da experiência – as intensidades. A potência do falso é a potência da vida em seu devir próprio, quando o perspectivismo deixa de ser sólido e passa a ser temporal, criando linhas de fuga diante do poder da verdade, que é dos dominantes e do colonizador. Ao processo de descolonização do pensamento (crítica), segue um processo de reapropriação de nossa potência do falso, fabular, com-fabular, outros modos de sentir e estar nesse mundo (criação). O primeiro capítulo inicia a problematização da potência do falso a partir dos questionamentos que Deleuze faz sobre o critério do verdadeiro para o pensamento. O segundo capítulo se atem ao conceito de potência do falso, incluindo os problemas aos quais ele pretende responder. O terceiro capítulo aponta as consequências políticas da potência do falso como pensamento. Esse capítulo também se propõe a discutir os efeitos dos critérios do verdadeiro para o mundo, isto é, quais práticas encontram-se envolvidas e nosso fracasso em habitar esse mundo, que é antes de tudo um fracasso subjetivo, de valores e pensamento. E um quarto capítulo abre algumas questões para se discutir o pensamento experimentativo de um filósofo-falsário. Por fim, num apêndice, discutimos as possibilidades do devir filósofo de um indígena para os nossos tempos, como maneiras para se adiar a “queda do céu” e a descolonização do pensamento, que significa dar-nos novas maneiras de sentir, pensar e habitar esse mundo – três instâncias que parecem interligadas sob a potência do falso.
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SÉRGIO CARLOS DA SILVA MENESES
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A METRETIKÉ TÉCHNE COMO EXERCÍCIO DA ARETÉ NO PROTÁGORAS DE PLATÃO
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Orientador : MARKUS FIGUEIRA DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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ANASTACIO BORGES DE ARAUJO JUNIOR
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FRANCISCO DE ASSIS VALE CAVALCANTE FILHO
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JOSE GABRIEL TRINDADE SANTOS
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MARCOS DE CAMARGO VON ZUBEN
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MARKUS FIGUEIRA DA SILVA
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Data: 25/07/2022
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Este estudo apresentará como Platão, no Protágoras, faz Sócrates sustentar a “arte da mensuração” (μετρητική τέχνη) como o exercício da verdadeira excelência (ἀρετή). A argumentação socrática se desenvolve numa disputa com o sofista Protágoras, que propunha o ensino de uma “arte da cidadania” (πολιτικὴ τέχνη) capaz de fazer dos atenienses “melhores cidadãos” (ἀγαθοὺς πολίτας), tanto no âmbito privado quando no político, pelo ensino da capacidade de bem deliberar (εὐβουλία). Questionado sobre a ensinabilidade do objeto de sua arte, Protágoras defenderá seu ofício de educador com uma versão do Mito de Prometeu, um esboço teórico em linguagem mítica sobre a natureza humana e o surgimento da comunidade política, no qual se apresenta o surgimento da sociedade como resultado da aprendizagem da sabedoria técnica (ἔντεχνος σοφία) e de certas habilidades (δυνάμεις) políticas como o respeito (αἰδώς) e da justiça (δίκη). Sócrates, tendo, no plano dramático, se convencido da possibilidade do ensino da ἀρετή, passa, no plano dialético, a investigá-la mais detalhadamente para concluir que ela, para ser ensinada, deve necessariamente ter alguma relação com o conhecimento (ἐπιστήμη). A partir desta conclusão, Sócrates formulará sua tese de que a verdadeira ἀρετή se manifesta como μετρητική τέχνη, uma habilidade de mensuração e hierarquização dos objetos da escolha que permite ao homem corrigir as distorções de julgamento oriundas de sua perspectiva temporal e orientar moralmente seu agir a partir da perspectiva mais ampla da adoção do Bem (ἀγαθόν) supratemporal como critério movente da vontade.
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FRANCISCO EDUARDO DE OLIVEIRA
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A liberdade agostiniana e sua influência em Lutero e em Calvino
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Orientador : EDRISI DE ARAUJO FERNANDES
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MEMBROS DA BANCA :
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EDRISI DE ARAUJO FERNANDES
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GERSON FRANCISCO DE ARRUDA JÚNIOR
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GISELE AMARAL DOS SANTOS
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MARCOS ROBERTO NUNES COSTA
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MONALISA CARRILHO DE MACEDO
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Data: 26/07/2022
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A liberdade é um tema fundamental não só na História da Filosofia, mas também no Pensamento Cristão. Da mesma forma como esse tema atravessou toda a história do pensamento, assim foi na tradição cristã, tendo sua principal sistematização com Santo Agostinho. A partir desse pressuposto, essa tese procura refletir sobre a influência que a noção de liberdade desenvolvida por Santo Agostinho, influenciou o pensamento de Martinho Lutero e João Calvino no mesmo tema, no século XVI.
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Freedom is a fundamental theme not only in the History of Philosophy, but also in Christian Thought. In the same way that this theme went through the entire history of thought, so it was in the Christian Tradition, having its main systematization with Saint Augustine. From this assumption, this thesis seeks to reflect on the influence that the notion of freedom developed by Saint Augustine inspired the thinking of Martin Luther and John Calvin on the same theme, in the 16th century.
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VÍTOR SILVA MEIRELES
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A convertibilidade dos transcendentais e a ocultação do Belo no pensamento de Francisco Suárez
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Orientador : MONALISA CARRILHO DE MACEDO
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MEMBROS DA BANCA :
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CÍCERO CUNHA BEZERRA
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EDRISI DE ARAUJO FERNANDES
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JOSE JIVALDO LIMA
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MONALISA CARRILHO DE MACEDO
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WALTER GOMIDE DO NASCIMENTO JUNIOR
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Data: 29/07/2022
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O propósito desse trabalho é evidenciar a existência de uma Antropologia dos Transcendentais na obra de Francisco Suárez, em especial na Disputationes Metaphysicae. O coração da Doutrina dos Transcendentais é a convertibilidade entre as propriedades do Ser: Uno (unum), Verdade (verum), Bem (bonum). Aristóteles usa o termo ἀντιστρέφει para expressar que existem características gerais que são intercambiáveis. Felipe, o Chanceler, por meio da sentença Ens et Bonum convertuntur, inaugura a doutrina no século XIII. A partir de Alexandre de Hales e Tomás de Aquino, a doutrina se enraíza na experiência humana. Por estar situado cronologicamente no Renascimento, Suárez possui grande tendência de aplicar a convertibilidade dos transcendentais na vida humana. Assim, observaremos como a conceituação suareziana do indivíduo como unum ens abre espaço para a condução dos transcendentais para o âmbito antropológico e social. Para tornar ainda mais evidente essa aplicação da doutrina, destacaremos como esta se mostra difundida na linguagem humana. Por fim, compreenderemos qual é o lugar do Belo no pensamento do Doutor Exímio e Piedoso.
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ADAN JOHN GOMES DA SILVA
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MICHAEL SANDEL E A ÉTICA DO APRIMORAMENTO GENÉTICO HUMANO
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Orientador : CINARA MARIA LEITE NAHRA
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MEMBROS DA BANCA :
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CINARA MARIA LEITE NAHRA
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DANIEL DURANTE PEREIRA ALVES
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EDRISI DE ARAUJO FERNANDES
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MURILO MARIANO VILAÇA
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MARIA CLARA MARQUES DIAS
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Data: 29/11/2022
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O objetivo deste trabalho é analisar a crítica que o filósofo estadunidense Michael Sandel dirige às técnicas de aprimoramento genético humano, a fim de compará-la com a obra mais ampla do autor. Com base nisso, esperamos mostrar algumas nuances do aspecto mais social do argumento de Sandel ignoradas por muitos de seus leitores, bem como apontar os limites de sua crítica, sugerindo tanto que ela assume algumas premissas que não são livres de contestação quanto que outras partes de seus escritos oferecem elementos que tornam a rejeição aos aprimoramentos genéticos por parte do autor menos radical do que pode parecer à primeira vista. Para tanto, iniciamos com uma brevíssima descrição do cenário tecnológico e filosófico em que se desenrola o debate em torno do aprimoramento genético humano (introdução), descrição que devemos estreitar e aprofundar no primeiro capítulo, ao lidarmos com o tema da eugenia liberal. Seguimos, no segundo capítulo, com uma breve avaliação da crítica dirigida contra esse movimento pelo filósofo alemão Jürgen Habermas. No terceiro capítulo, quando finalmente conhecermos a crítica de Michael Sandel ao aprimoramento genético humano, faremos uma incursão em suas ideias mais amplas sobre política, a fim de fornecer um pano de fundo capaz de emprestar mais força ao seu posicionamento bioético. No quarto capítulo é onde delineamos nossa crítica a esse autor, a qual acreditamos ser capaz de enfraquecer a confiabilidade e suposta inevitabilidade do cenário que ele desenha para um futuro de pessoas aprimoradas. Por fim, em nosso quinto e último capítulo, descrevemos qual é em nossa opinião o principal risco dos aprimoramentos, contrastando-o com aqueles apontados por Sandel, riscos que, embora não inviabilizem a ideia mais geral de aprimoramentos genéticos, reclamam um cuidado especial quanto a sua distribuição.
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The objective of this work is to analyze the criticism that the american philosopher Michael Sandel directs to the techniques of human genetic enhancement, in order to compare it with the author’s broader work. Based on this, we hope to show some nuances of the more social aspect of Sandel’s argument ignored by many of his readers, as well as point out the limits of his criticism, suggesting both that he assumes some premisses that are not free from contestation and that other parts of his writings offer elements that make the author’s rejection of genetic enhancements less radical than it might seem at first glance. In order to do so, we begin with a very brief description of the technological and philosophical scenario in which the debate on human genetic enhancement takes place (introduction), a description that we must narrow and deepen in the first chapter, when dealing with the theme of liberal eugenics. We continue, in the second chapter, with a brief assessment of the criticism directed against this movement by the german philosopher Jürgen Habermas. In the third chapter, when we finally get to know Michael Sandel's critique of human genetic enhancement, we will make an incursion into his broader ideas about politics, in order to provide a background capable of lending more strength to his bioethical position. In the fourth chapter is where we outline our criticism of this author, which we believe is capable of weakening the reliability and supposed inevitability of the scenario he draws for a future of enhanced people. Finally, in our fifth and final chapter, we describe what, in our opinion, is the main risk of enhancements, contrasting it with those pointed out by Sandel, risks that, although do not make the more general idea of genetic enhancements unfeasible, require special care about its distribution.
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WESLEY RENNYER MARTINS RABELO PORTO
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Sofística e pirronismo: alvorecer e plenitude da razão negativa
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Orientador : GISELE AMARAL DOS SANTOS
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MEMBROS DA BANCA :
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GISELE AMARAL DOS SANTOS
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ALDO LOPES DINUCCI
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JAIMIR CONTE
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PLÍNIO JUNQUEIRA SMITH
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ROBERTO BOLZANI FILHO
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Data: 06/12/2022
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A pesquisa aqui desenvolvida, tomando a sofística e o ceticismo como expressões do que denominamos de razão negativa, isto é, considerando tais tradições como as formas por excelência do estágio antitético do pensar em geral, busca evidenciar, sobretudo, qual o autêntico estatuto filosófico da relação que permeia a forma mentis de sofistas e céticos. Embora ambos se nos mostrem como legítimos representantes do momento antinômico do pensar em geral, os pressupostos e as peculiaridades de cada um deles são suficientes para indicar (à luz de uma análise filosófica crítico-comparativa) que apenas uma dessas tradições, o pirronismo, atinge a peculiaridade de figurar como a faceta adogmática da razão negativa, porquanto o pirronismo não se constitui como o sucedâneo negativista da especulação dogmática – como calha à sofística –, mas sim como a δύναμις de dissolução ontognosiológica que após instaurar a indecidibilidade aporética adota uma postura suspensiva perante as forças contrárias do λόγος.
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BRUNO RIBEIRO NASCIMENTO
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CREDENCIAIS EPISTÊMICAS DA CRENÇA EM DEUS: UMA COMPARAÇÃO ENTRE
ALVIN PLANTINGA E RICHARD SWINBURNE.
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Orientador : DANIEL DURANTE PEREIRA ALVES
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MEMBROS DA BANCA :
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SÉRGIO RICARDO NEVES DE MIRANDA
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AGNALDO CUOCO PORTUGAL
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JONAS MOREIRA MADUREIRA
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BRUNO RAFAELO LOPES VAZ
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DANIEL DURANTE PEREIRA ALVES
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RICARDO SOUSA SILVESTRE
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Data: 07/12/2022
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O objetivo central desta pesquisa é comparar as credenciais epistêmicas da crença em Deus na epistemologia religiosa de dois dos principais pensadores da filosofia analítica da religião contemporânea: Alvin Plantinga (1932 - ) e Richard Swinburne (1934 - ). Mais precisamente, busca-se investigar como a crença na existência de Deus pode obter status epistêmico positivo, ou seja, como ela pode ser intelectualmente justificada ou racional ou ainda avalizada, a partir de comparações, contrastes ou complementações que podem ser feitas entre as propostas dos dois filósofos. Deste modo, será avaliado como Plantinga e Swinburne lidam com algumas questões fundamentais da filosofia analítica da religião ligadas à natureza e à relação entre fé e razão. Para que tal objetivo seja concretizado, foram escolhidos três méritos ou credenciais epistêmicas: a justificação deontológica, a racionalidade e o aval. Na primeira parte desta tese, serão clarificados os conceitos fundamentais ligados ao debate sobre a relação entre fé e razão na filosofia analítica contemporânea a fim de elucidar o problema central dessa tese; além disso, será esclarecido o que significa precisamente uma crença ter o mérito da justificação, da racionalidade ou do aval. Na segunda parte, irão ser apresentados as duas propostas epistemológicas que serão comparadas, a saber, a Epistemologia Reformada de Alvin Plantinga e o balanço evidencial probabilístico proposto pela teologia natural de Richard Swinburne. Por fim, visa-se comparar criticamente as duas propostas e analisar a possibilidade de articulação entre essas duas diferentes abordagens.
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The main purpose of this research is to compare the epistemic credentials for belief in God in the religious epistemology of two of the most important thinkers in the contemporary analytic philosophy of religion: Alvin Plantinga (1932 - ) and Richard Swinburne (1934 - ). More specifically, the aim is to examine how belief in the existence of God can acquire a positive epistemological status, that is, how it can be intellectually justified or rationally or even warrant, on the basis of comparisons, contrasts, or additions that can be made between the proposals of the two philosophers. In this way, the aim is to evaluate how Plantinga and Swinburne deal with some of the fundamental issues in the analytic philosophy of religion that relate to nature and the relationship between faith and reason. To achieve this goal, three merits or epistemic credentials were selected: deontological justification, rationality, and warrant. In the first part of this thesis, the basic terms associated with the debate on the relation between faith and reason in contemporary analytic philosophy are clarified in order to elucidate the central problem of this thesis; moreover, what exactly it means for a belief to have the merit of justification, rationality, or warrant is clarified. In the second part, the two epistemological proposals that will be compared will be presented, namely, Alvin Plantinga's Reformed Epistemology and the probabilistic evidential balance proposed by Richard Swinburne's natural theology. Finally, the two proposals will be critically compared and the possibility of articulation between these two different approaches will be analyzed.
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KELSIANE DE MEDEIROS LIMA
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LIBERDADE E SEGURANÇA: UM ESTUDO EM FILOSOFIA APLICADA. Argumentos políticos em tempos de coronavírus
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Orientador : CINARA MARIA LEITE NAHRA
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MEMBROS DA BANCA :
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CINARA MARIA LEITE NAHRA
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ANTONIO BASILIO NOVAES THOMAZ DE MENEZES
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SERGIO LUIS RIZZO DELA SAVIA
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DELAMAR JOSE VOLPATO DUTRA
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NEWTON DE OLIVEIRA LIMA
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Data: 12/12/2022
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No que concerne à filosofia política, é indubitável que o Estado Moderno provocou intensa transformação no modo de ser das sociedades. O ato fundacional contratualista concebeu um modelo de sociedade regida por normas tendo como finalidade o bem comum. É nessa perspectiva que nosso problema se insere, acerca da ponderação da liberdade em face da segurança num estudo aplicado ao contexto da pandemia do coronavírus. Nosso questionamento é: a liberdade tem prevalência sobre a segurança no contexto das normas estaduais que regulamentam o coronavírus (covid-19), tal como o contratualismo clássico em todo e qualquer contexto da vida em sociedade? Dessa forma, objetivamos como proposta realizar um estudo de filosofia aplicada a partir da ponderação entre a Liberdade e a Segurança considerando as diferentes dimensões da vida política. Como parâmetro, utilizamos os instrumentos normativos do governo do Rio Grande do Norte no que diz respeito ao coronavírus. Trata de uma reflexão sobre esse atributo singular do homem, que abrange o conjunto dos sistemas de dever-ser considerando a prevalência da segurança em face da liberdade. Nossa hipótese é de que do entrelaçamento entre a liberdade e a segurança podemos observar um processo de excepcionalidade, fundamentado na questão da saúde pública oriunda do covid-19. Há uma prevalência da segurança sobre a liberdade, um “security state”, um estado em que por razões de segurança – saúde pública – pode-se impor quaisquer limites às liberdades individuais; e, consequência dessa hipótese, se essa excepcionalidade não seria uma nova forma de fazer política, um “novo normal” para a atuação do Estado. Sendo clara a nossa justificativa e pela relevância teórica e social e pela originalidade, a proposta recorre à pesquisa bibliográfica e documental com análise de conteúdo, obedecendo a uma abordagem metodológica com a administração de prova, tendo em vista sua aplicação no sentido de uma sistematização da realidade. Em síntese, reafirmamos nosso entendimento de que no período da Pandemia Global a atuação dos governos poderia ter sido com intuito de inspirar, organizar e financiar uma resposta global coordenada em termos coletivos, mas infelizmente não vimos algo de esperançoso.
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As far as political philosophy is concerned, it is undoubted that the Modern State provoked an intense transformation in the way of being of societies. The contractualist foundational act conceived a model of society governed by norms with the purpose of the common good. It is in this perspective that our problem is inserted, about the weighting of freedom in the face of security in a study applied to the context of the coronavirus pandemic. Our question is: does freedom prevail over security in the context of state norms that regulate the coronavirus (covid-19), such as classical contractualism in any and all contexts of life in society? In this way, we aim as a proposal to carry out a study of applied philosophy from the balance between Freedom and Security considering the different dimensions of political life. As a parameter, we used the normative instruments of the government of Rio Grande do Norte with regard to the coronavirus. It is a reflection on this unique attribute of man, which encompasses the set of must-be systems considering the prevalence of security in the face of freedom. Our hypothesis is that from the intertwining between freedom and security we can observe a process of exceptionality, based on the issue of public health arising from covid-19. There is a prevalence of security over freedom, a “security state”, a state in which for reasons of security – public health – any limits can be imposed on individual freedoms; and, as a consequence of this hypothesis, whether this exceptionality would not be a new way of doing politics, a “new normal” for the performance of the State. Since our justification is clear and due to the theoretical and social relevance and originality, the proposal resorts to bibliographic and documental research with content analysis, following a methodological approach with the administration of evidence, in view of its application in the sense of a systematization of the reality. In summary, we reaffirm our understanding that the period of the Global Pandemic, the actions of governments could have been aimed at inspiring, organizing and financing a coordinated global response in collective terms, but unfortunately we did not see anything hopeful.
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GILVANIO MOREIRA SANTOS
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O PENSAR DA GELASSENHEIT HEIDEGGERIANA: O ERSCHRECKEN COMO DISPOSIÇÃO PREPARATÓRIA DA EXPERIÊNCIA POÉTICO-MEDITATIVA DO OUTRO PENSAR.
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Orientador : OSCAR FEDERICO BAUCHWITZ
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MEMBROS DA BANCA :
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OSCAR FEDERICO BAUCHWITZ
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DAX FONSECA MORAES PAES NASCIMENTO
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CLODOMIR BARROS DE ANDRADE
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JOSÉ ROBERTO DA SILVA
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JOSÉ ORDÓÑEZ GARCÍA
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Data: 21/12/2022
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Investiga-se o lugar da disposição fundamental do espanto (Erschrecken) na experiência poético-meditativa do outro pensar, ensaiada na obra do pensador alemão Martin Heidegger (1889-1976). A hipótese gira em torno de que este outro pensar, indicado como exercício automeditativo, está atrelado a uma forma de modulação/modificação (Modifikation) sustentada pela disposição. Se em sua fase ontológica-existencial o autor demonstrou que toda disposição fundamental se articula em um modo de temporalidade-própria (Zeitlichkeit), e que este fenômeno da antecipação-de-si do Dasein-singular está intimamente ligado à decisãoantecipadora-ante-a-morte (finitude); na sua fase tardia (Kehre), essa demonstração se completará com a noção de Ereignis. Nesse caso, por ser o Erschrecken (espanto) uma das disposições fundamentais indicada como fundadora da afinação essencial para o outro começo (anderen Anfang), acreditamos desdobra-se por meio dela o elemento correspondente à abertura própria e preparadora para esse acontecimento apropriador (Ereignis). Partindo dessa hipótese, a tese busca indicar a disposição fundamental do espanto (Erschrecken) – tal qual as Stimmungen que a partir daqui se fundam – como lugar preparador da experiência originariamente doadora do outro pensar; do pensar meditativo que se move a partir de um modo de recolhimento, silenciamento existencial: um retroceder (zurückfahren) à questão da verdade do ser como forma de resistência aos modos de desenraizamento provocado pela essência da técnica moderna, a Gestell.
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