Banca de DEFESA: MARIA KELY ALVES GOMES DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARIA KELY ALVES GOMES DA SILVA
DATA : 01/06/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório da Direção da EAJ
TÍTULO:

POTENCIAL ENERGÉTICO DA MADEIRA DE CLONES DE Eucalyptus IMPLANTADOS NO SEMIÁRIDO NEOTROPICAL DO BRASIL E SEU DESEMPENHO TÉCNICO COMO BIOCOMBUSTÍVEL


PALAVRAS-CHAVES:

floresta energética, densidade energética, biomassa florestal, bioenergia.


PÁGINAS: 46
RESUMO:

O objetivo deste trabalho foi investigar o potencial bioenergético da madeira de Eucalyptus sob diferentes condições de adensamento e seu o desempenho técnico enquanto combustível no processo de queima de produtos de cerâmica vermelha. Inicialmente, foram selecionados cinco clones de eucalipto em 06 diferentes espaçamentos (3 x 0,25; 3 x 0,5; 3 x 1,5; 3 x 3; 3 x 5 e 3 x 6,5), totalizando 30 variáveis respostas. Foi realizada a contagem da mortalidade de indivíduos com base no banco de dados registrados nos inventários que ocorreram a cada seis meses (2013 - 2019) e posteriormente, extrapolada pela densidade de plantio (ind.ha-1) para estimativa do índice de sobrevivência e produção volumétrica. De cada tratamento foram abatidas três árvores-amostra e encaminhados para determinação da densidade básica, poder calorífico superior, teor de cinzas, materiais voláteis e carbono fixo e com base nos dados obtidos, foi estimada a energia estocada por metro cúbico (m3) e hectare (ha). Foi selecionado o material A1, devido a sua ampla comercialização, para o processo de queima em uma indústria de cerâmica vermelha, utilizando-se a espécie Prosopis juliflora como fator comparativo. Dito isso, para a avaliação técnica na queima, adotou-se três tratamentos, com quatro repetições: T1 - 100% P. juliflora, T2 - 100% Eucalyptus sp. e T3 - 50% de P. juliflora e E. sp. O lenho utilizado foi organizado previamente no pátio em pilhas e suas dimensões mensuradas para obtenção de seu volume em estéreo (st) e determinado seu volume sólido a partir do fator de empilhamento promovido por um gabarito (1m2) ao centro de cada pilha. Para cada repetição foi registrado o número de vezes que o forno foi abastecido com lenha, o intervalo entre os abastecimentos e, finalizada a queima, a porcentagem de peças de primeira qualidade, cruas e quebradas. Concluiu-se que nas situações  nos quais o plantio foi mais adensado houve maiores percentuais de mortalidade. Foi encontrado maior valor de densidade básica da madeira para o clone R9 no espaçamento 6,5 e, de modo geral, houve correlação positiva entre o aumento na densidade básica da madeira e espaçamentos amplos. A energia estocada foi superior em tratamentos de alta densidade populacional que apresentasse baixa taxas de mortalidade. Considerando-se o uso final da madeira como fonte de energia, o material genético C3 no espaçamento 3 x 0,25m, resultou no maior potencial bioenergético da madeira (1.010.310 kcal/ha) devido ao alto índice de sobrevivência em um espaçamento reduzido. Para o processo de queima, o consumo médio de madeira foi superior no T1 (5,27 m3), seguido do T3 (4,70 m3) e T2 (2,90 m3). No geral, em ambos os tratamentos, as peças de primeira qualidade foram acima de 90% (94,05%, 92,49% e 96,64%), seguidos de um percentual baixo de peças cruas (5,57%, 7,07% e 3,06%) e peças quebradas (0,38%, 0,44% e 0,29%). Os valores encontrados de peças cruas podem ser relacionados às quedas de temperaturas, abaixo de 900°C, que ocorreram durante o processo de queima, denominadas “pontos de atenção”. Conclui-se que não há diferenças significativas na qualidade das peças, entretanto observa-se uma redução no consumo de madeira de 10,82% no tratamento T3 e de 44,93% no tratamento T2 em relação ao T1.


MEMBROS DA BANCA:
Interna - 1880266 - ROSIMEIRE CAVALCANTE DOS SANTOS
Externo ao Programa - 1300987 - CARLOS ALBERTO PASKOCIMAS
Externo ao Programa - 1678080 - GUALTER GUENTHER COSTA DA SILVA
Externo à Instituição - João Gabriel Missia da Silva
Notícia cadastrada em: 23/05/2022 17:42
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