Taxonomia, Conservação e Educação Ambiental com Acanthaceae no Nordeste Setentrional
Caatinga, Justicia, Mata Atlântica, Flora do Brasil, Ruellia, taxonomia.
Acanthaceae compreende 240 gêneros e mais de 4.000 espécies, amplamente distribuída nas regiões tropicais e subtropicais. No Brasil são reconhecidos 39 gêneros e 446 espécies em todos os domínios fitogeográficos, sendo 244 espécies registradas para a Mata Atlântica, seguido pela Amazõnia (147), Cerrado (145), Caatinga (49), Pampa (23) e Pantanal (22). Os representantes de Acanthaceae são importantes nas florestas tropicais e subtropicais, onde ocupam uma grande variedade de habitats e são fontes permanentes de recursos florais para a fauna local. Estudos taxonômicos incluindo Acanthaceae do Nordeste brasileiro são limitados, considerando a extensão territorial e os diversos ecossistemas nesta região. O objetivo desta tese é realizar o levantamento taxonômico das Acanthaceae do Nordeste Setentrional e desenvolver um programa de educação ambiental, focando nos representantes de Acanthaceae da Caatinga, tendo como principal público alvo os alunos das escolas públicas do município de Cuité, Estado da Paraíba. Como resultados parciais da tese, apresenta-se o levantamento taxonômico de Acanthaceae para o Estado do Rio Grande do Norte, com descrições, comentários sobre distribuição geográfica, mapas, fenologia e novas ocorrências de gêneros e espécies; propõe-se um novo nome e lectótipo para Beloperone fragilis, espécie descrita por Nees (1847), e um segundo passo de lectotipificação para Justicia piauhiensis (Nees) V.A.W. Graham, espécie endêmica do Piauí; descreve-se o primeiro registro de Justicia sessilis Jacq. para o Brasil; e apresenta-se o levantamento florístico de Acanthaceae em uma região de ecótono no Agreste da Paraíba. Estes resultados ampliam o conhecimento da diversidade de Acanthaceae no Nordeste do Brasil, contribuindo com o incremento de coleções e aprofundamento da taxonomia e distribuição geográfica da família no semiárido.