Análise quantitativa das oscilações gama retinianas no gato acordado e anestesiado
Sistema retinogeniculado, oscilações gama, sincronização, entretenimento
As oscilações gama da retina têm sido observadas em uma variedade de vertebrados. Evidências passadas e recentes apontam para seu papel na codificação de propriedades de imagens, como tamanho e continuidade. Começamos revisitando as relações já estabelecidas entre as características da oscilação e diferentes estímulos visuais no animal anestesiado. Analisamos SUAs (single-unit-activity), e MUAs (mult-unit activity) registradas na retina e no LGN de gatos enquanto os mesmos observavam estímulos complexos (vídeos curtos) ou simples (círculos de luz). Em experimentos subsequentes, o LGN de gatos acordados também foi registrado. Os animais foram posteriormente anestesiados com cetamina e, então com halotano. Observamos que em gatos anestesiados com halotano e sob condições naturais de estímulo, a resposta oscilatória gerada pela apresentação dos vídeos não foi confiável. As oscilações ocorreram em breves períodos, que parecem refletir principalmente o contraste da imagem. Por outro lado, círculos largos apresentados aos gatos anestesiados geraram oscilações gama de forma robusta, com a força das mesmas sendo modulada pela luminância e tamanho do estímulo. Curiosamente, nos animais acordados ou apenas anestesiados com cetamina, nenhuma oscilação pôde ser detectada, embora o entrainment com a taxa de atualização do monitor tenha sido observado até 120 Hz. Além disso, a oscilação gama na retina do gato se mostrou dependente da concentração de halotano. A atividade gama foi drasticamente reduzida à medida que os níveis de halotano diminuíram. Em conjunto, nossos resultados não apoiam um papel cognitivo para as oscilações gama no sistema retinogeniculado.