Banca de QUALIFICAÇÃO: CAROLINE PEREIRA DE ARAÚJO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CAROLINE PEREIRA DE ARAÚJO
DATA : 27/04/2018
HORA: 18:00
LOCAL: INSTITUTO DO CEREBRO
TÍTULO:

Avaliação das alterações comportamentais após a indução de status epilepticus pela administração
intra-hipocampal de pilocarpina e ácido caínico em camundongos


PALAVRAS-CHAVES:

Epilepsia do Lobo Temporal, comorbidade, pilocarpina, ácido caínico, hipocampo, memória


PÁGINAS: 96
RESUMO:

A epilepsia do lobo temporal (ELT) é a forma mais comum de epilepsia focal. Modelos animais reproduzem a condição humana por meio da administração sistêmica de pilocarpina (PILO) ou ácido caínico (KA). Experimentalmente, os modelos envolvem um insulto inicial (status epilepticus), que resulta em morte neuronal difusa, reorganização estrutural e crises espontâneas crônicas, além de prejuízos em tarefas de memória e anedonia. As estruturas associadas aos prejuízos cognitivos do modelo não são inteiramente conhecidas, provavelmente devido à existência de múltiplos focos epilépticos, contribuindo para um aumento da variabilidade experimental. Para minimizar a distribuição espacial dos focos epilépticos, propomos um protocolo no qual os agentes convulsivantes são administrados localmente (i.e., diretamente em um hipocampo). Apesar de estudos com KA em camundongos já terem sido realizados, nenhum trabalho avaliou os efeitos da administração intra-hipocampal de PILO. Assim, neste seminário apresentaremos os efeitos comportamentais agudos e crônicos da aplicação intra-hipocampal de 4 doses de PILO (70, 245, 400 e 700 µg, diluídas em 1 µL) em camundongo anestesiados com isoflurano. Animais tratados com KA (20 mM, 50 nL) e cloreto de sódio (0,9%) foram usadas como tratamentos controle. Nossos resultados demonstram uma correlação entre a severidade do status epilepticus (quantificado agudamente por escalas e de maneira indireta, por meio da evolução ponderal) e a concentração de PILO administrada. Ao contrário do observado quando dada sistemicamente, o tratamento intra-hipocampal (N = 60) não resulta em crises tônicas, contribuindo para a baixa mortalidade do modelo (mortalidade intra-hipocampal: 4/60; mortalidade sistêmica: 10/11). No período crônico (1 mês após o status epilepticus), camundongos tratados com altas doses de pilocarpina apresentaram crises espontâneas, assim como os animais tratados com KA. Entertanto, testes comportamentais revelaram que animais do grupo PILO apresentam menor ambulação estereotipada (campo aberto) e consumo de sacarina, em comparação com animais tratados com KA. Por outro lado, o tratamento com PILO, especialmente em altas doses, prejudicou o desempenho em tarefas de reconhecimento de objetos e de memória espacial (labirinto de Barnes). Em conjunto, esses dados demonstram que a administração intra-hipocampal de PILO em camundongos resulta em crises espontâneas e recorrentes, além de prejuízos cognitivos moderados (compatíveis com as comorbidades observadas em seres humanos com ELT), além de baixa mortalidade. Acreditamos que o presente modelo apresenta validade de face para ELT, podendo servir como alternativa aos modelos do KA (cujo custo é alto) e da administração sistêmica de PILO (cuja mortalidade é alta).


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1728817 - CLAUDIO MARCOS TEIXEIRA DE QUEIROZ
Interno - 1996111 - MARTIN PABLO CAMMAROTA
Interno - 1698305 - RODRIGO NEVES ROMCY PEREIRA

Notícia cadastrada em: 21/05/2018 16:58
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - (84) 3342 2210 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa03-producao.info.ufrn.br.sigaa03-producao