Contribuição ao estudo de modelos constitutivos para elementos finitos de interface.
Elemento Finito de Interface, Modelo Constitutivo Combinado, Micro-modelagem Simplificada, Alvenaria Estrutural.
As estruturas usuais em Engenharia Civil são formadas, em sua grande maioria, por elementos constituídos pela combinação de diversos materiais, como por exemplo, o concreto armado (aço + concreto). Essa combinação ao passo que proporciona melhorias nas propriedades mecânicas do elemento estrutural, torna-o heterogêneo. Em decorrência dessa heterogeneidade, os elementos estruturais apresentam uma relação não linear entre tensões e deformações, que associado ao surgimento de ações adicionais provenientes de deformações suficientemente grandes, torna ainda mais complexa a análise do comportamento da estrutura. Visando o aprimoramento da resposta estrutural via MEF, tem-se usado elementos finitos de interface na modelagem computacional de estruturas. Tais elementos são usados para descrever, por exemplo, potenciais fissuras, planos de deslizamento e de esmagamento (Lourenço & Rots, 1997), possibilitando uma melhor descrição do panorama de tensões e deformações no elemento estrutural, à medida que o grau de danificação se eleva. Isso é possível a partir da relação estabelecida entre as tensões que atuam no elemento de interface com os deslocamentos relativos entre as superfícies adjacentes a ele. Esta relação é denominada lei ou modelo constitutivo de interface. Neste trabalho será abordado, de forma específica, o modelo constitutivo combinado (Cracking-Shearing-Crushing), desenvolvido por Lourenço & Rots (1997) e posteriormente aprimorado por Van Zijl (2000). Este modelo se aplica principalmente à análise do comportamento da alvenaria estrutural não armada através da discretização dos elementos que compõem tal estrutura, visando obter um modelo capaz de descrever, de forma aproximada, todo o mecanismo de ruptura.