NATUREZA E CAPITALISMO: Os paradigmas da relação homem-natureza na sociedade de consumo
Modo de Produção Capitalista. Ecologia em Marx. Materialismo Histórico Dialético. Economia Ecológica. Sociedade de Consumo.
Aborda-se, em uma pesquisa de cunho teórico, que o homem é responsável direto pelas modificações feitas no meio ambiente e na produção dos problemas ambientais hodiernos. Entende-se que a degradação ambiental produzida pelo homem na atualidade está indissociavelmente ligada a forma de organização social específica: o modo de produção capitalista. A partir da compreensão da sociedade capitalista, ou seja, uma forma de sociedade cuja organização das relações sociais ocorre a partir do modo de produção capitalista, e na perspectiva da relação de apropriação e mercadorização da natureza por esta sociedade, deve-se buscar a explicação para a destruição ambiental. Sob esta perspectiva questiona-se: É possível explicar, através do materialismo histórico dialético, os limites naturais do crescimento econômico do sistema histórico do modo de produção capitalista? Até que ponto a "crise ecológica" poderia ser considerada uma crise no desenvolvimento do próprio sistema capitalista? Defende-se a hipótese da existência de uma alienação estrutural, na relação do homem com a natureza, produzida pelo sistema histórico do modo de produção capitalista, que terá como consequência a implicação desta relação numa extimidade entre ambos. O sujeito através do metabolismo social gerado a partir do trabalho, processo de transformação da natureza, transforma sua própria natureza, e com isso não consegue mais se entender como parte do meio natural onde vive. Em consequência deste distanciamento estrutural, o traço peculiar desta alienação vem à tona, manifesto no fato de que o homem somente reconhecerá o meio ambiente através da sua exteriorização na forma de mercadoria.