Lévi-Strauss: mito e música entre o largo e o prestíssimo
Mito; Música; Formas-Musicais; Narrativas; Análise.
É um trabalho que vem sendo construído através do estudo das Mitológicas - Tetralogia de Claude Lévi-Strauss - onde o autor afirma que a linguagem dos mitos, Ameríndios do Sul, através das narrativas são compreendidas como uma partitura musical. Com esta mensagem procuramos investigar, na grandeza do estudo antropológico, onde a música se insere na escrita levistraussiana. E, os termos dados em oposição, ou em contrastes, ou em simetria, presentes como: O cru e o cozido e Do mel às cinzas que são os nomes dos primeiros volumes, discorridos nos mitos, podem inicialmente então ser contextualizados com os andamentos musicais em extremos, como é o largo - sendo o andamento mais lento - e o prestíssimo, designando o mais rápido entre todos. A linguagem musical, para o autor está relacionada no entendimento dos mitos e as formas de composição são estruturas indicativas. Entre todas descritas nos capítulos da obra, estudaremos para análise mito e música, as formas: sonata, fuga e tema com variações. A destacada obra de Richard Wagner, O anel dos Nibelungos, é um tema que privilegia o estudo mito e música, por Lévi-Strauss, faremos também reflexões. Como uma linguagem da cultura de tradição temas como: incesto, violência, assassinato, regras de condutas sociais, nas narrativas, podem fazer dialogar com a música? O trabalho, em momentos, reúne diálogo com a obra, Os fundamentos racionais e sociológicos da música, em Max Weber; o Totemismo em Émile Durkheim na sonoridade do escritor Lévi-Strauss; e com demais interlocutores sobre música, como: Jean StarobinsKi na Ópera, Arnold Schoenberg no dodecafonismo, Ludwig van Beethoven na sonata, Johan Sebastian Bach na fuga, e ainda, o filósofo contemporâneo, Peter Sloterdijk.