cibercultura e educação: e escola diante do paradigma socio tecnologico
cibercultura, ensino à distancia, novas tecnologias, educação, antropologia
A presente tese não pretende ser um trabalho de sociologia da educação, mas realizar uma antropologia da tecnologia educacional, procurando identificar quais são os sentidos atribuídos por professores, estudantes e agentes educacionais para o uso das tecnologias da informação e comunicação (TICs) no contexto escolar. A partir dessa perspectiva, pretende-se inicialmente apresentar a principal política educacional do Ministério da Educação, o Programa Nacional de Tecnologia Educacional, o ProInfo Integrado.
Desta forma, a tese trata dos desafios e limites de ensinar e aprender dentro do paradigma sociotecnológico, também caracterizado como sociedade da informação e cibercultura. Esse paradigma é aqui compreendido como as transformações em curso criadas pela revolução científica da década de 1970, que provocou o desenvolvimento das novas tecnologias da informação e comunicação (TIC’s) e intensificou sua inserção na vida cotidiana e no contexto escolar a partir da implantação do Programa Nacional de Tecnologia Educacional integrado ao Plano de Desenvolvimento da Educação (ProInfo Integrado).
A aproximação com o objeto de estudo surgiu da percepção da importância do paradigma sociotecnológico e das demandas que surgiram no ambiente educacional a partir da inserção das novas mídias no cotidiano escolar por força de uma política pública unilateral que defende o engajamento da escola pública na nova sociedade da informação e do conhecimento.
A problemática central deste trabalho é entender como os professores na rede pública municipal da cidade de Parnamirim-RN ensinam aos seus alunos diante de um cenário de convergência e aplicação das TIC’s no sistema educacional a partir das orientações e formações propiciadas pelo Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo Integrado). Para tanto, faremos uma análise que corresponde ao período de instalação do programa. O recorte cronológico corresponde aos anos de 2007 até 2013, período de implantação do novo programa e englobamento das redes municipais de ensino de todo o país.