Arte “periférica” e resistências plásticas – formas e cores da vida
Práticas artísticas. Resistências. Inventividades. Micropolítica.
Realizamos pesquisa na cidade do Natal-RN, onde buscamos compreender a força que, ações e práticas inventivas de artistas, oriundos das “periferias”, do campo “estabelecido” das artes plásticas, tem para influenciar no surgimento de outros olhares, outras perspectivas em relação, tanto à prática de sua arte, como sobre a condição desses personagens, enquanto sujeitos-artistas de uma determinada “trama cotidiana”, que por sua vez, vem sendo desenvolvida nas relações traçadas entre, práticas artísticas e sociedade. Devemos investigar o que a arte (obra e vivências) de artistas vindos de setores também “periféricos” da sociedade, que não necessariamente passaram por institutos ou academias de artes em seu processo de aprendizagem, tem para nos dizer. Procuramos compreender, o que essa arte “periférica” diz para eles, sujeitos-artistas, corpos dessa arte. Para compor nossa base teórica, trabalhamos principalmente com textos de Gilles Deleuze, Michael Foucault e Friedrich Nietzsche. Especificamente, nosso campo de pesquisa deverá se concentrar em grande parte no que é hoje conhecido popularmente como o Beco da Lama: complexo de bares, sebos e pequenas galerias que ficam no Bairro da Cidade Alta, que serve de cenário, onde personagens artistas, também traçam parte de suas trilhas e desvios. Devemos captar efeitos e sentidos de práticas artísticas de disposição periférica para a constituição de micropolíticas de vida.