Aphrodisia Digital e as Suicide Girls: A Sexualidade via imagens na rede Instagram
Sexualiadde; Visibilidade; Instagram.
Esta pesquisa tem como objetivo investigar o regime de visibilidade no ambiente de redes sociais digitais para pensar um atual regime da sexualidade. Tomamos como objetos empíricos de análise imagens disponíveis na rede social Instagram, considerando o modo de produção e consumo midiático com base no contexto das SuicideGirls. Analisamos o conceito de dispositivo da sexualidade, partindo do pensamento de Michel Foucault (1979), encadeando pensamentos de Agamben (2005) para pensarmos a subjetivação do sujeito e empreender um breve estudo das modalidades históricas de subjetivação e Deleuze (1990) sobre as dimensões e as linhas de força que compõem um dispositivo. Apresentamos uma projeção de escrita sobre sexualidade, com aspectos mais concretos de análise do campo, identificando a Aphrodisia Digital, por meio de uma categorização de imagens sob a ótica de heterotopos, para traduzir a noção de espacialidades subjetivas, imersões. Apresentamos análises através dos tópicos: Heterotopo da Sexualidade, Heterotopo dos Designers de Mundos e Heterotopodo do Consumo do Desejo. Até o momento analisamos aspectos relativos ao excedente de energia vital com base em Bataille (1967) e a noção de dispêndio, práticas eróticas contemporâneas sobre pornografia e sexualidade com Attimonelli e Susca (2017), Byung-Chul Han (2017, 2019) e Paul B. Preciado (2018, 2020). Aspectos relativos a filosofia da imagem, também como mídia e cultura com Norval Baitello Júnior (2014) e Vilém Flusser (2007, 2008), além da cena moderna sobre consumo e capital à luz de Gilles Lipovetsky (2020). A proposta de refletir sobre uma nova economia da sexualidade contemporânea também se consolida na perspectiva de elaborar e compreender uma subjetividade sexual como potência circular no digital.