UM ESTUDO SOBRE OS PROCESSOS EDUCATIVOS NÃO-FORMAIS DESENVOLVIDOS NA REDE DE ECONOMIA SOLIDARIA E FEMINISTA DO RIO GRANDE DO NORTE
Educação Formal; Movimentos Sociais; Mulheres.
O presente trabalho tem como proposta realizar um estudo sobre as práticas educativas de caráter não formal, desenvolvidas junto a grupos produtivos de mulheres que fazem parte da Rede Xique Xique de Comercialização, apoiadas pelo projeto Rede de Economia Solidária e Feminista do Rio Grande do Norte. A pesquisa objetiva verificar se os processos de educação não formal, vivenciados pelas mulheres, podem contribuir para o desenvolvimento da autonomia econômica, e na apropriação da condição de agente de mudanças nos espaços onde estão inseridas. Para tanto, a análise central, se apoiará nos referenciais de educação não formal desenvolvidos por Coombs (1975), Gohn (2008) e Ghanem e Trilla (2008) e também nos basearemos em Amartya Sen (2000), para perceber de que forma e como, tais processos podem influenciar no desenvolvimento, entendido como a expansão de capacidades e exercício de liberdades. Neste sentido, nos deteremos na análise de duas instâncias, que Sen denominou de liberdades instrumentais: As facilidades econômicas e liberdades políticas. Os aspectos metodológicos do trabalho empírico priorizarão o estudo de caso comparativo, utilizando a experiência de dois grupos de mulheres, de segmentos e territórios diferentes, mais especificamente: Açu-Mossoró e Mato Grande, terá caráter qualitativo, e serão utilizadas entrevistas semiestruturadas e grupo focal para a coleta dos dados. A experiência investigada é o projeto Rede de Economia Solidária e Feminista, executado nacionalmente em nove Estados do Brasil e no Rio Grande do Norte apoia e fomenta 15 grupos de mulheres que compõem a Rede Xique Xique de Comercialização, localizados na região de Mossoró e São Miguel do Gostoso.