UM NÚMERO NO LAGER: um estudo na literatura da Shoah
Nome; Alma; Judaísmo; Memória; Esquecimento; Campos de Concentração.
Inicialmente recorreu-se a Márcio Seligmann-Silva, para pensar a literatura da Shoah como literatura do trauma, e proceder a uma discussão relativa à escrita das narrativas. Após, a ideia benjaminiana de Jetztzeit foi entendida como fundamental, para pensar os relatos neste conceito de história/memória. Em terceiro momento, entram em cena conceitos do filósofo Gaston Bachelard, para fazer uma leitura, pensar os fios que ligam essas histórias. Em cada um desses momentos as citações serão extraídas dos textos com a intenção de colocá-las em relação entre si e com as concepções judaicas dos elementos de análise propostos. Sobre a história do Hassidismo (ou Chassidismo), os livros do Rabino Zushe Wilhelm Nomes (2009) e Harry Rabinowicz Chassidismo, o movimento e seus mestres (1990), têm sido as principais fontes; Gershom Scholem, inicialmente com as obras As grandes correntes da mística judaica (2008) e O nome de Deus, a teoria da linguagem e outros estudos de Cabala e mística: judaica II (1999). Os principais relatos utilizados são: Primo Levi Se isto é um homem, Os afogados e os sobreviventes, A trégua; Bella Herson Almas Tatuadas; Wladislaw Szpilman O pianista; Chil Rajchman Treblinka: eu sou o último judeu; Janusz Korczak Diário do Gueto; aos quais se somarão outros. O que significou para o judeu a substituição do nome pelo número no Lager? Esta pesquisa visa estudar e compreender os elementos alma/nome/número que se referem ao indivíduo judeu dentro do Hassidismo, a partir de relatos de sobreviventes da Shoah.