Religião e pós-modernidade: observações sobre o sujeito diante de instituições religiosas fortes
Pós-modernidade; Religião; Metafísica; Secularização; Kenosis; Caridade; Invisibilização.
Esta pesquisa reflete sobre o mundo contemporâneo a partir de autores que problematizaram a modernidade, como Nietzsche (discussões em torno das ideias como eterno retorno, niilismo e morte de Deus), Heidegger (discussões a respeito da dissolução do ser e do sagrado), e principalmente Gianni Vattimo. Observando as mudanças de paradigmas, da era da religião para a era da razão, e em seguida o ocaso do sujeito na era técnico-científica, no mundo ocidental, sob os ditames do capitalismo da modernidade tardia. Diante deste quadro, notáveis são as formas de invisibilização e exclusão social de sujeitos que não se enquadram nos parâmetros dominantes. No entanto, é possível vislumbrar uma nova condição, chamada pós-moderna, marcada pela pluralidade, pelas incertezas, pelas subalternidades, pelo consumismo, e por uma religiosidade desprovida da metafísica, secularizada, mais aberta e plural, precisando ser pautada pela caridade e não por dogmas, que se vê diante de muitos desafios para poder falar a linguagem das demandas atuais. Os invisibilizados não o são apenas pelo contexto socioeconômico, mas também e, sobretudo, no âmbito das questões morais. A dissertação apresenta casos de sujeitos que lutam por exercitar sua religiosidade na Igreja Católica Romana, e a esperança que o novo Sínodo proposto pelo Papa Francisco I representa para eles: será que estamos assistindo à abertura da Igreja para uma religiosidade pós-moderna?