Banca de QUALIFICAÇÃO: GUILHERME ADLER ACIOLE MEDEIROS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : GUILHERME ADLER ACIOLE MEDEIROS
DATA : 31/01/2024
HORA: 09:00
LOCAL: videoconferência link: https://meet.google.com/vzi-kuwf-xyq
TÍTULO:

USO DE COAGULANTES ORGÂNICOS DE ORIGEM VEGETAL NA MITIGAÇÃO DE MANANCIAIS EUTROFIZADOS DO SEMIÁRIDO


PALAVRAS-CHAVES:

clorofila-a, biomassa algal, coagulação, taninos


PÁGINAS: 20
RESUMO:

Os reservatórios na região semiárida frequentemente enfrentam o problema da eutrofização. Esse fenômeno ocorre quando há concentrações elevadas de nutrientes, desencadeando o crescimento descontrolado da biomassa algal, por muitas vezes com predominância das cianobactérias. Isso, por sua vez, provoca impactos ambientais e também representa uma ameaça à saúde pública. Para lidar com esse desafio, a técnica conhecida como Floc & Sink (F&S), que compreende a coagulação e sedimentação da biomassa algal, tem sido utilizada como uma forma de mitigar esses efeitos. O cloreto de polialumínio (PAC) tem sido um dos coagulantes mais comumente empregados para esse fim. Entretanto, o uso excessivo desse produto pode impactar negativamente o pH da água e resultar no aumento na concentração de alumínio solúvel, prejudicando a biota aquática. Os coagulantes orgânicos naturais, como taninos de origem vegetal, surgem como alternativas mais sustentáveis. Neste contexto, este trabalho objetivou verificar a eficiência do uso de taninos de origem vegetal para coagulação e subsequente sedimentação da biomassa algal presente em reservatórios da região semiárida. Foram testados três coagulantes naturais, com taninos extraídos das cascas de diferentes árvores: o Cajueiro, a Jurema Preta e a Acácia Negra (Tanfloc SG). Os testes foram conduzidos em quatro reservatórios na região semiárida tropical, nos quais foram aplicadas três diferentes doses de cada coagulante (50, 100 e 200 mg.L-1) em experimentos de Floc & Sink. Todos os coagulantes testados reduziram a turbidez e a clorofila-a (exceto a dose de 50 mg/L de tanino do cajueiro), sendo que à medida que as doses dos coagulantes foram aumentadas, observou-se maior remoção da biomassa algal e da turbidez. No entanto, os valores de remoção desses parâmetros com as doses de 100 mg.L-1 e 200 mg.L-1 do tanino da Jurema Preta e do Tanfloc SG não apresentaram diferença significativa. Foram também medidos potencial Zeta, pH e substâncias húmicas após a aplicação dos coagulantes. A aproximação do potencial Zeta do ponto isoelétrico (0 mV) favoreceu a capacidade dos taninos de neutralizar as cargas superficiais das partículas em suspensão. De modo geral, os taninos não causaram alterações significativas no pH da água. O tanino do cajueiro aumentou a concentração de substâncias húmicas, enquanto o Tanfloc e o tanino da Jurema Preta não apresentaram variações estatisticamente significativas. Os taninos testados se mostraram capazes de mitigar os sintomas da eutrofização em reservatórios do semiárido, pois foram eficazes na redução da turbidez e da biomassa algal, com baixo impacto no pH da água. Entre os coagulantes testados, o tanino da Jurema Preta e o Tanfloc SG se destacaram pelas suas eficiências. Assim, esses coagulantes naturais representam alternativas mais sustentáveis e eficazes na gestão da qualidade da água em ambientes afetados pela eutrofização.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1764855 - VANESSA BECKER
Interna - 3216945 - HÉRIKA CAVALCANTE DANTAS DA SILVA
Externo ao Programa - 1759924 - HELIO RODRIGUES DOS SANTOS - UFRNExterna ao Programa - 2326526 - TATIANE KELLY BARBOSA DE AZEVEDO CARNAVAL - UFRN
Notícia cadastrada em: 19/01/2024 23:10
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