O LUGAR DO HOMEM NO HUMANISMO PÓS-METAFÍSICO
Humanismo. Domesticação. Antropotécnica. Mídias convergentes.
O labor aqui apresentado parte do princípio de que o termo Humanismo é usado hodiernamente para salvaguardar certos comportamentos ou formas agir constituídas há mais de 2500 anos, sobretudo no que tange aos valores humanos mais básicos, os quais são axiomaticamente validados, sem quaisquer contestações. O Humanismo é visto continuamente como pedra de toque da civilidade. Destarte, em 1999, o filósofo Peter Sloterdijk apresentou uma conferência na Baviera, intitulada Regras para o Parque Humano, cujo subtítulo deixava claro que se tratava de uma resposta ao texto de Martin Heidegger, Carta Sobre o humanismo, basicamente mostrando que a civilidade está estritamente vinculada a domesticação humana. Nestes termos, o presente trabalho é dividido em três capítulos. No primeiro pretende estabelecer os fundamentos culturais e metafísicos do humanismo. No segundo capítulo fará uma abordagem sobre aquilo que chamaremos de humanismo epistolar, assim como a conseqüente crítica heideggeriana a este e a proposta pós-humanista contemporânea. Ademais, no terceiro capítulo teceremos asserções teóricas a respeito da relação entre convergência midiática e antropotécnicas, tomados como fundamentos antropológicos do humanismo e do pós-humanismo. Entendendo esta afinidade historicamente, a partir de seus pressupostos biológicos e ontológicos.