ANÁLISE PARAMÉTRICA DAS DISTRIBUIÇÕES DE MOMENTOS FLETORES E DAS REAÇÕES DE APOIO DEVIDO À CARGA MÓVEL EM TABULEIROS DE PONTES ESCONSAS EM VIGAS (GRELHA) E EM LAJE
Pontes Esconsas; Influência das Transversinas; Rigidez do tabuleiro; Método dos Elementos Finitos.
A análise estrutural de pontes com geometria longitudinal esconsa apresenta maior complexidade quando comparada ao de pontes com traçados retos. Por conta disso existe uma escassez de pesquisas acerca do tema tanto em nível nacional quanto internacional. Assim, o objetivo deste trabalho de pesquisa foi realizar um estudo paramétrico das distribuições de momentos fletores e das reações de apoio devido à carga móvel em tabuleiros de pontes esconsas em vigas (grelha) e em laje. Para tanto, foram construídos modelos numéricos para sistemas estruturais de pontes com tabuleiros em vigas moldadas in loco (grelha) e em laje, via Método dos Elementos Finitos por meio do programa computacional CSiBridge V21, a fim de averiguar: (a) a influência da adição de transversinas de apoio e intermediária nas distribuições de momentos fletores e nas reações de apoio de pontes esconsas em vigas (grelha) e, (b) as distribuições de momentos fletores e reações de apoio nas
pontes esconsas em lajes. Também foi aplicada a proposta de análise preconizada pela American Association of State Highway and Transportation Officials (AASHTO), com o intuito de confrontar os resultados obtidos na modelagem. Os resultados mostraram nas situações da ponte ortogonal com longarinas uma distribuição simétrica dos FDMF’s devido à carga móvel. Em todas as situações estudadas nas pontes com longarinas, com a introdução do ângulo de esconsidade ocorreram alterações na distribuição dos momentos fletores. As análises globais das reações de apoio devido à carga móvel mostraram que nos modelos de ponte ortogonal, as reações foram uniformemente distribuídas, apresentando valores iguais para os apoios posicionados na mesma distância em relação ao eixo central. A introdução da esconsidade gerou um comportamento desigual das reações ocorrendo uma tendência crescente em direção ao ângulo obtuso. Para alguns modelos a variação percentual entre o apoio próximo ao ângulo obtuso e o apoio usado como referência, próximo ao ângulo agudo chegou a quase 50%. Nas pontes esconsas em laje, em todos os casos analisados, a esconsidade gerou uma redução significativa na reação no apoio próximo ao ângulo agudo, ocorrendo uma tendência crescente em direção ao ângulo obtuso, se apresentando de forma mais elevada no apoio mais próximo do ângulo obtuso. Quando analisado o comportamento do momento fletor, também pôde-se observar mudança de seu comportamento com a introdução da esconsidade. No geral o momento Mx e My, em módulo tornaram-se maiores próximos ao ângulo obtuso. Por fim, os percentuais e variações observados para o modelo em laje se apresentaram bem superiores ao observados nos modelos em grelha.