DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO DE METODOLOGIA ANALÍTICA PARA ANÁLISE DA FRAÇÃO ACETATO DE ETILA DO EXTRATO DA CASCA DO CAULE DE Anacardium occidentale Linn POR CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE ALTA EFICIÊNCIA.
Anacardium occidentale, Cromatografia Líquida de Alta Eficiência, metodologia analítica, validação, controle de qualidade.
Anacardium occidentale Linn é uma árvore nativa do Brasil, popularmente conhecida como cajueiro. Estudos mostram que a fração Acetato de Etila (AcOEt) obtida a partir do extrato acetona das cascas do caule de A. occidentale apresenta atividade anti-inflamatória, sugerindo-se os taninos como responsáveis por essa ação. Sendo uma das 71 espécies da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao Sistema Único de Saúde (RENISUS), é importante que sejam desenvolvidas metodologias analíticas para o estudo dos seus constituintes. Nesse contexto, a Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE) constitui uma metodologia de importância para a análise de amostras de origem vegetal. Este estudo teve como objetivo desenvolver e validar uma metodologia analítica por CLAE para a análise da fração AcOEt do extrato acetona das cascas do caule de A. occidentale. As condições cromatográficas foram estabelecidas utilizando como fase móvel ácido acético a 0,3% e acetonitrila. Como ponto de partida para o desenvolvimento do método cromatográfico, foi utilizado um gradiente exploratório, que permite analisar todas as faixas de polaridade. O gradiente de eluição foi então ajustado até a obtenção de um cromatograma com adequada separação e parâmetros cromatográficos satisfatórios. Para a identificação dos compostos, foi realizada a análise de padrões e, pela observação dos tempos de retenção e espectros de absorção das substâncias, foi possível eleger as que estariam presentes na amostra. Foi possível sugerir a presença de catequina, epicatequina, epigalocatequina e ácido gálico na fração AcOEt de A. occidentale. Para a validação do método, foram realizados os testes de linearidade, precisão, exatidão, robustez, limites de detecção e quantificação. O método foi avaliado como sendo linear, preciso e exato para os compostos estudados. Dentre as condições de análise alteradas para o estudo da robustez, o método não apresentou robustez para a análise do ácido gálico, quando a temperatura da coluna foi de 35ºC, mas as demais condições alteradas não promoveram mudanças estatisticamente significativas para este analito. Conclui-se que o método cromatográfico é adequado para a análise da fração AcOEt do extrato acetona de A. occidentale.