Banca de QUALIFICAÇÃO: NATHÁLIA CRISTINA LOPES DE JORGE

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : NATHÁLIA CRISTINA LOPES DE JORGE
DATA : 16/10/2023
HORA: 14:00
LOCAL: remota
TÍTULO:

Prospecção química, antioxidante e toxicológica de extratos de esponjas marinhas do Rio Grande do Norte - Brasil


PALAVRAS-CHAVES:

Atividade antioxidante. Bioprospecção. Metabólitos de esponjas marinhas.


PÁGINAS: 70
RESUMO:

As esponjas marinhas constituem um dos organismos mais promissores na busca por moléculas bioativas com uma gama de atividades biológicas já reportadas na literatura científica. Nesse viés, sabendo que o estresse oxidativo está associado a várias condições de saúde, tais como: câncer, Parkinson, Alzheimer, entre outros, a busca por compostos que atuem no controle oxidativo se torna elemento chave na busca por novos tratamentos. A Bacia Potiguar do RN possui um vasto litoral com uma rica diversidade de espécies de esponjas marinhas, mas que em contrapartida é pouco explorada quanto ao seu potencial biotecnológico. Nesse contexto, houve a prospecção química e biológica de três espécies de esponjas coletadas no litoral da Bacia Potiguar: Halichondrida, Suberites aurantiacus e Mycale angulosa. Foram realizadas extrações sequenciais com n-hexano (HE) e clorofórmio/metanol (CM). Nomeando as amostras extraídas com HE: HEMYC, HEHALI, HESUB e as amostras reextraídas com CM: CMMYC, CMHALI e CMSUB. O rendimento dos extratos foi o fator determinante para caracterização química por GC/MS, avaliação da atividade antioxidante pelos métodos: Capacidade Antioxidante Total (CAT), poder Redutor, sequestro de íons (superóxido, DPPH, Radical Hidroxila (OH-)) e atividade Quelante de Íons (Ferroso (Fe2+) e Cuproso (Cu2+)). Os extratos CM das três esponjas foram submetidos a ensaios toxicológicos in vitro com eritrócitos humanos e in vivo com larvas de Tenebrio molitor.  A caracterização química por GC/MS revelou a presença de compostos dos grupos álcoois, alcalóides, compostos fenólicos e lipídios, com destaque a alta quantidade de lipídios, cuja classe dos esteróis foram os compostos observados em maior quantidade. Nos testes antioxidantes in vitro os extratos apresentaram a capacidade de quelar íons cobre (EBHA 113,5% ± 1,93; EBSA 112,1% ± 5,81 e o EBMY com 110,6% ± 3,19 de atividade com 25 µg/mL de amostra), de sequestrar os radicais DPPH (EBHA 60,91% ± 3,05; EBSA 59,32% ± 3,71 e EBMY 53,78% ± 6,96 com 1000 µg/mL) e os radicais hidroxila (EBSA 96% ± 0,04 na concentração de 2000 µg/mL; EBMY 37% ± 0,17 e EBHA 54% ± 0,086 com 1000 µg/mL de extrato), com destaque para a atividade quelante de cobre para os três extratos. Os ensaios toxicológicos in vitro foram conduzidos utilizando hemácias humanas e testes in vivo utilizando Tenebrio molitor como organismo modelo. Em ambos os testes, em diferentes concentrações, as amostras não apresentaram efeitos tóxicos. Os resultados aqui apresentados sugerem que as esponjas marinhas desse litoral possuem propriedades farmacológicas que podem ser investigadas visando o isolamento dos metabólitos que são responsáveis pelas atividades antioxidantes apresentadas. Além disso, existe a possibilidade de investigar o potencial desses metabólitos frente a outras atividades biológicas.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - LUCIANA MARIA ARAÚJO RABÊLO - IFRN
Externo à Instituição - MARCELO VICTOR DOS SANTOS ALVES - IFRN
Interno - 1544647 - MATHEUS DE FREITAS FERNANDES PEDROSA
Notícia cadastrada em: 06/10/2023 15:14
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