Banca de QUALIFICAÇÃO: BRUNO AMORIM DO CARMO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : BRUNO AMORIM DO CARMO
DATA : 13/04/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Sala Carl Peter von Dietrich
TÍTULO:

ANÁLOGOS DO PEPTÍDEO ESCORPIÔNICO STIGMURINA: CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL, MECANISMO DE AÇÃO E ATIVIDADE BIOLÓGICA IN VIVO EM NANOSISTEMAS


PALAVRAS-CHAVES:

Tityus stigmurus; escorpião; peptídeos análogos; agentes antimicrobianos; mecanismo de ação; nanotecnologia; sinergismo


PÁGINAS: 102
RESUMO:

Devido ao uso irracional de antibióticos, diversas limitações terapêuticas têm sido observadas para vários microrganismos, o que consiste em um grave problema de saúde pública, sendo necessária a busca por novas alternativas terapêuticas. A peçonha do escorpião Tityus stigmurus é uma rica fonte de componentes biologicamente ativos, o que inclui os peptídeos antimicrobianos. Um desses peptídeos, denominado de Stigmurina, apresentou ação antimicrobiana e foi utilizado como protótipo para a obtenção de novas moléculas bioativas. Foram realizadas mutações na estrutura da Stigmurina para potencializar sua atividade, gerando 31 análogos, onde dois desses (StigA25 e StigA31) foram utilizados no estudo. Os peptídeos análogos tiveram um aumento da sua atividade antimicrobiana e do seu espectro de ação, no entanto, também foi observado aumento da toxicidade em relação ao peptídeo protótipo para eritrócitos. A fim de reduzir a citotoxicidade e aumentar a estabilidade sérica desses peptídeos, foram utilizadas nanopartículas de PLGA como carreadores para essas moléculas. Com isso, o objetivo do estudo foi avaliar a influência da incorporação dos peptídeos StigA25 e StigA31 em nanopartículas de PLGA na redução da toxicidade, potencializar a eficiência terapêutica e caracterizar esses peptídeos por RMN. Foi possível obter nanopartículas de PLGA estáveis, com alta taxa de incorporação dos peptídeos, com atividade antimicrobiana equivalente aos dos peptídeos livres, além de reduzir significantemente a toxicidade. A microscopia eletrônica de varredura demonstrou que os peptídeos agem por meio de lise celular dos patógenos e que os peptídeos incorporados nas nanopartículas agem por mecanismos intracelulares. A microscopia eletrônica de transmissão demonstrou que tanto os peptídeos livres quanto nanoparticulados apresentam ação na membrana celular bacteriana, promovendo a ruptura da membrana com consequente liberação de conteúdo intracelular dos patógenos. Além disso, foi possível caracterizar e gerar modelos de estrutura tridimensional dos peptídeos por ressonância magnética nuclear (RMN), obtendo modelos estruturados em α-hélice.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2195251 - HUGO ALEXANDRE DE OLIVEIRA ROCHA
Interno - 2275890 - MARCELO DE SOUSA DA SILVA
Externa ao Programa - 1569526 - RENATA MENDONÇA ARAUJO - null
Notícia cadastrada em: 30/03/2023 15:01
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