Lidando com a Resistência à Vigilância Eletrônica no Ambiente de Trabalho: Um estudo qualitativo com gestores potiguares
Gestão da Tecnologia de Informação; Controle organizacional; Resistência informal; Vigilância eletrônica; Estudos organizacionais.
O problema desta pesquisa está na interseção entre três temas clássicos da Administração; controle organizacional, resistência e gerência. Historicamente, as pesquisas que relacionaram os três temas buscaram formas de prevenir e combater a resistência no ambiente de trabalho. Mais recentemente, com o surgimento da corrente foucaultiana, estas pesquisas passaram a incentivar o alinhamento estratégico entre as oposições ao poder e as metas organizacionais. Na literatura sobre a vigilância eletrônica, a maioria dos estudos investigaram a resistência informal pela ótica dos trabalhadores e poucos abordaram as práticas do ponto de vista dos gestores. Dentro desse contexto, esta pesquisa tem como objetivo compreender como os gestores lidam com as manifestações de resistência informal à vigilância eletrônica. O modelo que embasará a análise é uma combinação entre a Teoria da Solução Informal (Theory of Workarounds), proposta por Alter (2014), os resultados da pesquisa de Rivard e Lapointe (2012) e outros estudos. Em termos metodológicos, este trabalho é do tipo descritivo com abordagem qualitativa e aplicação de entrevistas em profundidade. O universo é composto de gestores que trabalham em empresas que utilizam a vigilância eletrônica e a amostra será escolhida pelo critério de conveniência. Para analisar os dados será utilizada a Análise de Conteúdo proposta por Bardin (2004) com a adoção da técnica de análise categorial ou temática. Visando dar consistência e agilizar o processo analítico, será utilizado o software NVivo© para codificar, categorizar e realizar análises comparativas através do uso de mapas de árvore, matriz estrutural e matriz de codificação. Face ao exposto, os resultados deste trabalho poderão ser utilizados para reduzir o impacto negativo da vigilância sobre os trabalhadores e gerenciar a segurança da informação de forma participativa.