CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DO COLOSTRO E LEITE DE ÉGUAS PURAS E MESTIÇAS DA RAÇA QUARTO DE MILHA
compostos bioativos, equinos, imunoglobulinas, lactose, neonatologia
A equideocultura tem relevada importância social e econômica para o Brasil, sendo majoritariamente impulsionada pelo seguimento dos esportes equestres, que impõe crescimento significativo do rebanho nacional. Apesar de já haver considerável exportação de carne equina no Brasil, pouco se fala sobre a exploração do leite de éguas, um alimento de elevado valor nutritivo que se destaca pela presença de compostos bioativos, pela qualidade nutricional das frações lipídica e proteica e pela semelhança com o leite humano. Objetivou-se caracterizar, em aspectos físicos e químicos, o colostro e o leite de éguas puras e mestiças da raça Quarto de Milha de diferentes haras do estado do Rio Grande do Norte. Foram selecionadas, em três diferentes haras do estado, 34 éguas puras e 5 mestiças, as quais foram separadas em grupos de acordo com idade, ordem de parto, estado fisiológico e grau de sangue Quarto de Milha. As amostras de colostro foram coletadas nas seis primeiras horas após o parto e as amostras de leite a partir do 7º dia pós-parto, com intervalos de 14 dias, até o final da lactação. As amostras foram refrigeradas e encaminhadas ao Laboleite (UFRN), onde foram analisadas quanto à composição química. O colostro foi avaliado por refratometria (°Brix). Os dados foram tabulados e submetidos à estatística descritiva e análise de variância pelo Teste F e, quando necessário, os grupos foram comparados pelo teste Tukey, utilizando-se o nível de 5% de significância para o erro tipo I. Verificou-se elevado teor de proteína e teor reduzido de lactose para o colostro de éguas Quarto de Milha. O leite, de forma geral, possui baixo teor de gordura e não tem a composição influenciada pelo grau de sangue ou pela idade das matrizes. Contudo, variações no estágio de lactação e na ordem de parto alteram a composição química do leite de fêmeas da raça Quarto de Milha.