Utilização do farelo de palma gigante com adição de enzimas exógenas na nutrição de suínos em crescimento
Alimento alternativo, Opuntia, Polissacarídeos não amiláceos, Suinocultura, Enzima.
A pesquisa foi desenvolvida para avaliar a digestibilidade da energia bruta do farelo de palma gigante, o desempenho de suínos em crescimento, peso dos órgãos e a viabilidade econômica das dietas compostas de diferentes níveis de inclusão do farelo de palma gigante, com e sem adição de complexo enzimático (CE). No ensaio de digestibilidade, foram utilizados dez suínos machos castrados com peso médio de 34,3 ± 6,35kg. Cinco destes foram alimentados com uma ração-referência, e os outros cinco receberam a ração-teste, com 30% de substituição da ração-referência pelo farelo de palma gigante, por um período de quinze dias. Neste período, realizou-se diariamente (às 8h) a coleta total de fezes sem uso de marcador, sendo retirada uma alíquota de 20% e armazenada em freezer. Posteriormente, essas amostras foram analisadas em laboratório seguindo as recomendações de Silva & Queiroz (2002). No ensaio de desempenho, utilizaram-se vinte suínos fêmeas, distribuídos em blocos ao acaso, com cinco tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos consistiram em níveis de inclusão do farelo de palma gigante, associado ao complexo enzimático, seguindo tal distribuição: 0%; 5%; 10%; 5% + CE; 10% + CE, onde os tratamentos com adição do CE tiveram um déficit de 100 kcal/kg nas dietas. O valor digestível da energia bruta do farelo de palma gigante para suínos na fase de crescimento foi de 1113,83 kcal/kg. Observou-se que o ganho de peso e o peso absoluto dos órgãos dos suínos não foram influenciados pelas dietas. No entanto, a conversão alimentar, o consumo de ração e peso relativo dos órgãos apresentaram diferenças entre si (P<0,05). Também constatou-se que a inclusão do complexo enzimático associado ao farelo de palma gigante supriu o déficit de 100 kcal/kg, uma vez que o ganho de peso e conversão alimentar foi de acordo com as tabelas exigência nutricionais de Rostagno et al. (2005). Conclui-se que os animais no período de crescimento podem receber dietas contendo farelo de palma gigante em níveis de até 10% quando suplementadas com complexo enzimático.