QUALIDADE DO LEITE DE BÚFALAS SUPLEMENTADAS COM
DIFERENTES NÍVEIS DE SELÊNIO
contagem de células somáticas, bubalinocultura, nutrição, produção
de leite.
Das espécies animais produtores de carne e leite para o consumo humano, o búfalo
figura como alternativa na disponibilidade de nutrientes de alto valor biológico. O leite
de búfalas apresenta altos teores de proteína, gordura e sólidos totais. A alimentação
está diretamente relacionada a variação nesses constituintes do leite, o selênio (Se) é um
elemento essencial e está presente em quase todos os alimentos da dieta animal, no
entanto seus limites entre os níveis essenciais e tóxicos são bastante estreitos. A
deficiência dietética deste mineral aumenta a susceptibilidade da glândula mamária a
infecções intramamárias, como a mastite. A contagem de células somáticas (CCS) é
uma ferramenta valiosa no monitoramento do estado de saúde da glândula mamária,
avaliando a incidência de mastite subclínica. Diante disso, objetivou-se avaliar o efeito
da dieta com diferentes níveis de selênio sobre a composição físico-químico e da CCS
do leite de búfalas. O experimento foi realizado na Fazenda Tapuio Agropecuária Ltda,
localizada no Município de Taipuo. Os dados utilizados foram provenientes de planilhas
de controle zootécnico da própria unidade produtiva com registros diários de
informações referentes às búfalas no período de 2008 à 2014. Foram selecionadas um
total de 3772 observações de análise de leite ao longo da lactação dos animais. Os lotes
foram formados de acordo com os níveis de produção dos animais, onde a quantidade
do concentrado fornecido vária dentro de cada lote. O grupo de melhor desempenho,
com produção de leite acima de 15 L/dia, recebe 6kg, o grupo com média (12 - 15
L/dia) 5kg, grupo da média (9.5 - 12 L/dia) 4kg, abaixo da média (8 – 9,5 L/dia) 3kg e
os animais pertencentes ao grupo que está na fase final da lactação com produção de
leite abaixo de 8 L/da recebe 2kg. A suplementação com Se é realizado juntamente com
o concentrado, onde as búfalas recebem 1,2 ppm/kg de concentrado. Logo, cada lote
recebe um nível diferenciado de Se, onde os tratamentos de 1 a 5 são o grupo controle,
onde o tratamento 1 são os animais no final da lactação e o tratamento 5 os animais de
melhor desempenho, e assim sucessivamente, os tratamentos 7,8,9,10 e 11 recebem 2,4;
3,6; 4,8; 6,0 e 7,2 ppm de selênio respectivamente. Foram feitos os seguintes
procedimentos estatísticos: análise descritiva, análise de variância e análise de
correlação usando o programa Statistical Analysis System – SAS (2002) e as médias
foram comparadas pelo teste de Tukey a 5,0% de probabilidade. Os resultados parciais
mostram que a suplementação do selênio na dieta de búfalas auxilia na redução do CCS
sem influenciar a composição físico-químico do leite bubalino. Todavia, a redução da
CCS está mais relacionada ao nível de produção de leite nos animais avaliados.