Análise integrativa na caracterização da doença de Alzheimer
Alzheimer; PSP; DEG;DTU;Redes
A doença de Alzheimer é a causa mais comum de demência na população idosa. Descrita ainda no século 20 pelo médico alemão Alois Alzheimer, não possui cura e é uma patologia de etiologia multifatorial nos casos esporádicos, responsáveis por mais de 90% dos casos. Modelos animais com mutações em genes associados aos casos familiares do Alzheimer surgiram com o intuito de ajudar a compreender melhor quais mecanismos celulares e moleculares que levam ao aparecimento dessa doença. No entanto, nem só o Alzheimer apresenta sintomas clínicos como a demência, outras doenças como a Paralisia Supranuclear Progressiva podem levar os pacientes acometidos a esse estado clínico. Tanto o Alzheimer como a Paralisia Supranuclear Progressiva estão inclusas no grupo das taupatias; sendo que o Alzheimer ainda é uma amiloidopatia, apresentando acúmulo de proteína β-amiloide no tecido cerebral. Buscamos neste trabalho investigar as possíveis diferenças entre o Alzheimer e a Paralisia Supranuclear Progressiva com análise integrativa a nível gênico e transcritos, para procurar entender se há vantagens nessa abordagem. Os resultados foram comparados com animais modelos (5XFAD e TauD35). Assim, encontramos nos grupos de pacientes com Alzheimer uma maior quantidade de genes diferencialmente expressos concomitamente com genes possuindo isoformas também alteradas, um processo mais frequente no Alzheimer quando comparado ao grupo de pacientes com Paralisia Supranuclear Progressiva, o que pode evidenciar uma maior participação de eventos de splicing alternativos no Alzheimer. O dados de animais demonstraram que mesmo com as mutações, não há um envolvimento muito grande da maquinaria de splicing nesses modelos.