OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL COMO ATO POLÍTICO DA PRÁXIS PEDAGÓGICA NA FORMAÇÃO DOCENTE DA UFRN
Objetivo de Desenvolvimento Sustentável. Formação de Professores. Praxis Pedagógica. Criticidade. Dialogicidade.
Nossos estudos trazem que a ONU lançou em 2015 os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, agenda a ser cumprida até 2030. A UFRN e o Estado do Rio Grande do Norte assinaram o compromisso de colocar em prática os preceitos dos ODS em seus documentos institucionais, sejam eles de ordem política, educacional, social, econômica, cultural e ambiental. Logo, será essencial pensarmos em estratégias que melhorem a vida das pessoas, entre as pessoas e com o planeta, diante das relações polarizadas de produção e consumo e justiça social. Por isso é tão importante divulgar os ODS nos diferentes ambientes de ensino, em que, tanto os educandos da educação básica e do ensino superior, bem como seus educadores estejam preparados para propor um ensino verdadeiramente transformador, abandonando, por sua vez, a educação bancaria condenada por Paulo Freire, que valoriza a excessiva memorização e cientifização do ensino. Nesse sentido, entender como esse tema chega aos cursos de formação de professores da UFRN, será de extrema relevância, já que a questão fundante desta tese, em que a realidade é pensamento, busca conhecer como a sustentabilidade vem sendo trabalhada nos cursos de licenciatura em Ciências Biológicas, Química, Física, Matemática e Pedagogia, além de buscar caracterizar a práxis pedagógica desses professores em formação para o Ensino para o Desenvolvimento Sustentável (EDS) com seus alunos durante o Estágio Supervisionado de Regência nas escolas parceiras. Como proposta de poder identificar a prática dessa educação verdadeiramente transformadora nos cursos de formação de professores da UFRN, estamos convencidos de que dialogar com os pensamentos de Paulo Freire será nosso mote norteador, pois só assim poderemos politizar a questão da sustentabilidade no intuito de adaptarmos os pensamentos dos ODS da ONU, ordinariamente eurocêntricos, à realidade brasileira, em especial ao Nordeste do Brasil, diante da nossa proposta de análise das concepções de criticidade, conscientização e dialogicidade que devem balizar, tanto as estratégias pedagógicas dos educandos e educandas, além de seus educadores, bem como os documentos oficiais que regem esses componentes curriculares em análise.