Microambiente de Inovação: 120 horas para ir de uma ideia claudicante a um MVP inovador
Design da Tríplice Hélice; Inovação; Empreendedorismo; Moeda Virtual.
O Brasil é conhecido, dentre outros aspectos, por ter um povo criativo. Entretanto, toda essa criatividade não é aplicada para gerar inovação, considerando-se que para que haja inovação é necessário haver a implementação da invenção (tecnologia), e considerando-se que, ainda em muitas áreas, a criatividade empreendedora é subutilizada para dar mais espaço ao pensamento puramente lógico e racional. Tudo isso pode ser comprovado ao analisar o destino das invenções criadas no âmbito do setor acadêmico, onde as pesquisas, na sua maioria, têm como destino a publicação de artigos; ao analisar as startups que estão sendo criadas, que na maior parte estão sem embasamento científico; e ao analisar a maneira de agir de alguns pesquisadores e gestores, que desconsideram o pensamento criativo empreendedor nas suas ações. Dessa forma, tem-se, de um lado, a ciência isolada do empreendedorismo e, de outro, o empreendedorismo isolado da ciência. Assim, como impulsionar a geração de inovação? Visando viabilizar uma maneira capaz de gerar inovação, a pesquisa centrou-se na criação de um ambiente capaz de unir essas duas esferas, transformando ambientes acadêmicos em empreendedores e levando embasamento científico para ambientes puramente empreendedores, inserindo a criatividade empreendedora no modo de pensar e agir das pessoas inseridas neste meio. Esse é o Microambiente de Inovação (MAI), um ambiente virtual capaz de transformar projetos claudicantes em um Mínimo Produto Viável (MVP) inovador em 120 horas. Para tanto, ele vale-se de metodologias de design e de conhecimentos de negócios (administração e economia) para a geração de tecnologias inovadoras. O MAI é ancorado nas metodologias Think and do e Crossed Advice e na TechnoCommodity (TC) e foi aplicado na Incubadora de Processos Acadêmicos, Científicos e Tecnológicos Aplicados da Escola de Ciências e Tecnologia (inPACTA) junto aos alunos do Mestrado Profissional de Ciências, Tecnologia e Inovação (MPI) da Escola de Ciências e Tecnologia (ECT), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Como resultado da pesquisa tem-se a criação dos Manuais do MAI, que são uma compilação da metodologia desenvolvida. Embora o MAI tenha sido aplicado na inPACTA e na ECT, ele pode ser replicado nos mais diversos ambientes (academia, empresas, incubadoras, aceleradoras, etc.), pois acreditando-se no princípio em que os produtos são reflexos dos moldes, o MAI tem de ser escalável e replicável, como as startups. O MAI continuará sendo objeto de pesquisa durante o doutorado na Universidade Europeia.
Palavras-Chave: Design da Tríplice Hélice; Inovação; Empreendedorismo; Moeda Virtual.