CINÉTICA E PIRÓLISE RÁPIDA DO ÓLEO DE LICURI (Syagrus coronata) UTILIZANDO VERMICULITA NATURAL/ÁCIDA COM ÓXIDO DE ZINCO PARA OBTENÇÃO DE BIO-ÓLEO
Pirólise, vermiculita, estudo cinético, bio-óleo e óxido de zinco.
A aplicação de argilas tornou-se mais comum em várias áreas de pesquisa nas últimas décadas, graças as suas propriedades únicas, seja ela em sua forma pura ou modificada física/quimicamente. Neste trabalho, a vermiculita natural e ácida foi usada como catalisador e suporte para o óxido de zinco, com o intuito de obter catalisadores promissores para aplicação na pirólise da oleaginosa de origem vegetal conhecida como licuri (Syagrus coronata). Ao todo foram sintetizados seis catalisadores, óxido de zinco (Zn), vermiculita suportada com óxido de zinco nas porcentagens de 1 e 6% em massa (VZn1 e VZn6), a vermiculita calcinada (V), vermiculita ácida (Va) e vermiculita ácida com 1% de óxido de zinco. Os catalisadores em estudo foram caracterizados pelas seguintes técnicas: difratometria de raios-X (DRX), análise termogravimétrica (TGA), adsorção/dessorção de nitrogênio e microscopia eletrônica de varredura (MEV). Os testes de pirólise para a determinação da energia de ativação foram realizados numa balança termogravimétrica seguindo o modelo cinético de Kissinger–Akahira–Sunose (KAS). A pirólise rápida também foi realizada utilizando um Py-CG/MS para separação e determinação da composição do bio-óleo. No estudo cinético da pirólise do óleo de licuri, dentre os experimentos realizados os catalisadores que apresentaram maior atividade catalítica foram a vermiculita calcinada (V) e o VZn1, apresentando energia de ativação inferior a pirólise térmica do óleo a partir da conversão de 10%. O VZn1 mostrou uma maior atividade para a formação de hidrocarbonetos por desoxigenação do óleo, mostrando que o óxido de zinco associado a vermiculita apresenta-se como uma opção alternativa há catalisadores convencionais para estudos na área de pirólise e produção de bio-óleo.