CONTROLE DA DENGUE ATRAVÉS DA ESTRATÉGIA DE LIBERAÇÃO DE MOSQUITOS GENETICAMENTE MODIFICADOS: UMA ANÁLISE A PARTIR DO MÉTODO DE CONTROLE SINTÉTICO
Dengue. Aedes aegypti. Mosquitos modicados geneticamente. Avaliação de impacto. Controle sintético.
A dengue tem efeitos adversos na economia do Brasil, por representar não apenas gastos em serviços de saúde, mas também pela perda de produtividade dos trabalhadores e diminuição no turismo. Desde 2002, as ações de controle contra a epidemia da dengue e a implementação de novas estratégias com maior abrangência operacional vem sendo intensificadas pelo Plano Nacional de Controle da Dengue, implementado pelo Ministério da Saúde. Além disso, nos últimos anos descobriu-se que o Aedes aegypti também é vetor da chikungunya e da Zika, doenças que deixam graves sequelas nos infectados, sendo a última a causa de uma geração de bebês afetados por uma forma grave de microcefalia. Diante da persistência do problema, alguns municípios têm adotado estratégias de controle biológico inovadoras. Dentre elas, destaca-se a liberação do mosquito modificado geneticamente (batizado de OX513A), uma linhagem de mosquitos machos geneticamente modificados desenvolvida pela empresa Oxitec, que já foi implementada nos municípios de Jacobina/BA, Juazeiro/BA, Piracicaba/SP e Juiz de Fora/MG. No presente estudo, buscar-se-á avaliar o impacto desta estratégia na incidência de doenças relacionadas ao Aedes aegypti, através da metodologia do controle sintético, que permite a construção de um contrafactual para os municípios tratados através da ponderação ótima dos municípios que não adotaram tal estratégia.