A PERCEPÇÃO DO PRECEPTOR SOBRE A SUA PRÁTICA EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO GERENCIADO PELA EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES - EBSERH
Preceptoria, Preceptor, hospital de ensino, internato, residências,
No contexto da formação acadêmica, tanto na graduação quanto na pós-graduação, na modalidade lato sensu, das residências médica e multiprofissional, os preceptores são peças fundamentais para a consolidação da missão de um hospital universitário, no tocante à formação profissional. O presente estudo tem o propósito de mostrar a percepção dos preceptores de um Hospital de ensino sobre o processo de preceptoria em um hospital universitário gerenciado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). Através de um estudo qualitativo, descritivo exploratório desenvolvido no Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), com o uso da técnica de grupo focal, realizada durante dois anos. Participaram do estudo preceptores das Residências Médica e Multiprofissional com vínculos empregatícios RJU (Regime jurídico único - UFRN) e CLT (Consolidação das leis do trabalho -EBSERH), propositando-se assim, analisar as percepções a partir do vínculo trabalhista. Teve como critério de inclusão na pesquisa, aqueles com mais de um ano exercendo a preceptoria, e como critério de exclusão, os servidores com menos de um ano nesta função. De acordo com a Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), a pesquisa foi submetida ao Comitê de Ética e Pesquisa sendo aprovada. Os profissionais em estudo compõem as várias profissões no contexto das Residências da saúde (Assistente Social, Enfermeiro, Farmacêutico, Fisioterapeuta, Nutricionista, Médicos, Psicólogos), e os dados foram levantados a partir de entrevistas em forma de grupo focal em dois encontros: um com servidores RJU e o outro com servidores CLT. A análise de dados se deu através da Análise Categorial de BARDIN. O dados obtidos indicaram que os preceptores apresentaram as mesmas opiniões sobre as questões levantadas, constatando-se que, servidores de ambos os vínculos tinham a percepção da relevância de sua participação no contexto da formação de futuros profissionais de saúde; da necessidade constante de sua qualificação, enquanto preceptor; da não valorização deste profissional, por parte da instituição independente do vínculo, evidenciando a necessidade de se adotar, por parte desta, uma normatização que permita-lhes compreender a diferença, entre profissional em serviço e preceptor do serviço, e, ao mesmo tempo, oportunizar melhorias para a sua execução, permitindo-lhes uma atuação pedagógica mais prazerosa e com uma performance melhor, concomitante a excelência na assistência à saúde.